terça-feira, março 21, 2006

Foxy-Cine "Uma História de Violência"

David Cronenberg é conhecido por ter uma filmografia onde aborda histórias sobre vários aspectos de violência. Desde uma violência crua em "Crash", até a uma violência de estranhas metamorfoses em "eXistenZ" ou "A Mosca", ou então as chamadas violências gratuitas como em "Friday 13th". Estes (e outros) filmes, todos englobados num contexto de estranhos mundos, são a imagem de marca de David Cronenberg.
"Uma história de violência", deixa-nos a pensar que passados têm as pessoas que nos rodeiam. Se existe um potencial assassino ao nosso lado, que nos acompanha no dia-a-dia, ou que trabalha connosco, ou mesmo que vive na nossa casa. Ou então, como conseguirmos controlar o nosso instinto "assassino" que vive dentro de nós. Como fazer com que o poder da mente sobreponha e controle o nosso poder e impeto maléfico. (Faz-me lembrar uma história de um tipo que parecia que tinha um ar de psicopata mas que não o era, e de alguém que vivia no seu canto e que não queria de modo algum ter contacto com o tipo.) Hoje em dia nunca se sabe como são estas coisas, mais vale o nosso cantinho, certinho, do que mal frequentado e possivelmente destruído. Aqui Cronenberg joga bem com a violência.... a violência pode ser justificada? ou apenas gera mais violência? como responder à violência quotidiana que enfrentamos nas nossas vidas, seja na escola, na rua, ou numa relação?

Mas o que também gostei deste filme, foi a narrativa que David Cronenberg criou, conseguindo transformar pequenas partes do filme em abordagens a obras de outros realizadores, numa boa combinação entre a comédia negra e no contraste de cenas bem exploradas pelo realizador. Enquanto via o filme, em algumas cenas lembrei de "Cães Danados" do Tarantino ou de um Sérgio Leone num Western Spaghetti, por exemplo. No inicio , existe uma espécie de prólogo muito bem feito, que dá a sensação que estamos num universo de David Lynch, aonde os gangsters passeiam-se despreocupadamente da chacina que acabaram de executar, excelente. E depois vemos que estas histórias todas entroncam-se numa história comum e conseguimos perceber finalmente o principal do filme.
Gostei e aconselho.
Ah , e gostei também da fantasia de cheerleader que assenta muito bem à Maria Belo. Muito belo, sim senhor. A ver e rever.
Citação:
Tom Stall (pai): In this family, we do not solve problems by hitting people!
Jack Stall (filho): No, in this family, we shoot them!
Tom Stall (pai): Splash!!!! (chapada na cara do filho)

1 Comments:

Blogger Pequenina said...

Espero que ames e que sejas, reciprocamente, amado... (melhor assim?)

( e eu que pensava que tinha o tique das correcções do portuguÊs... chiçaaaaaaaaa!!)

22 março, 2006 23:17  

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