terça-feira, junho 20, 2006

Máquina do Tempo

De alguma forma, recuperava preciosos momentos vividos. Acabaria de escrever na mesa da aula de química só mais uma coisa, simples, mas de forma que se percebesse bem no fundo. Mudaria de passeio no caminho para a paragem de autocarro, só para falar de mais coisas. A sala de convívio seria claramente mais pequena. Insistiria mais vezes na troca de combóio.

Hoje lembro de um pequeno aceno com direito a chamamento pelo nome, depois de descoberto. De um passeio com alguém numa rampa de asfalto. Lembro de uma espreitadela pela janela ao chegar atrasado. De uma viagem de estudo, aos confins da terra, naquela sonolência vespertina, na parte de trás da camioneta. Do primeiro contacto, o "porreiro".

Mas o que queria mesmo era ter escrito na borda da mesa aquela frase. Pelo menos hoje ficaria de consciência tranquila, fui tão burro!
As Saudades de há 13-14 anos atrás trazidas à tona por coincidências e duas fotos.