quinta-feira, agosto 24, 2006

100 Posts depois ou o Dia do Pastel de Nata

Aí está ... 100 posts depois, ou 31 pastéis de nata depois, atingi (bóóiinnng) mais um marco nesta carreira.

Tudo começou um dia quando ...

"Ópa, sabia bem agora um pastelzinho de nata, hummm ... como é que agora vou fazer isto??
Ora, deixa-me cá mexer mais um bocadinho, ou dar um esticão aqui... ups, pumba!!
Psst, psssst, ... um pastel de nata aqui para baixo e ponha na conta! ...
Hummm espera, espera ... ok, deve estar quase a chegar.
[uns minutos mais tarde] ... ainda não!!! Óh faxavor, eu queria um pastel de nata, tá? Possa que está difícil passar cá para baixo um pastel de nata.
[E de repente] ... UPSS!! o qué que isto ... qu'isto está agora a mexer-se, aaaííiiii .... e já anda às voltas .... WOWOOH WWOOOHH!!!
A mim é que não me apanham, ai não ... pera lá ... o que é que estão a fazer, larguem-me as orelhas, não me toquem nas orelhas ... ups, agora estão a puxar pela cabeça, ... não, não, não, não, não, não ..... eu só quero um pastel de nata."


E assim se criou o dia do pastel de nata. Foi como o primeiro post, já estava previsto a algum tempo, e saíu quando tinha de sair. Desde essa altura, que gentes vão passando por cá, uns vão comentando "eoutos" vão escutando. Escutam e passam, provavelmente por pouco perceberem o que por aqui se passa ou então por preferirem ficar na penumbra. Ora, não fiquem na penumbra.
É um bocado como os pastéis de nata que têm passado. Alguns vão sendo para relembrar até que a memória me atraiçoe, outros vão ser para esquecer. O último, o pastel de nata número 30, passou com um sabor ... digamos que "bittersweet". Chamarei-lhe de JVM, porque sim, que variou da tristeza para a alegria, e da curta felicidade para melancolia, da ilusão se fez desilusão e no fim, decepção foi a palavra que mais sentido fez no pastel de nata número 30, mas isto fica só para mim.

Neste "meaning of life" (entitulando os grandes Monthy Python) procuro ainda descobrir o que vou cá fazendo. Não faz sentido correr kilómetros, caminhar entre montes e vales ou mesmo escrever posts uns atrás dos outros, ultrapassando todos os obstáculos, ou chegar aos 100 ... e continuar no mesmo sítio. Um caminho sem metas. O sentido que ela terá, escapa-me por entre os dedos ou então eu simplesmente não vislumbro. É ser convidado para uma festa, ficar de fora, à entrada no portão, e não se notar a ausência. Um desperdício, reprimido por aquilo que sou mesmo e por aqui não há volta a dar. Imagino um pastel de nata mal cozido e o creme a passar entre os dedos, é tal e qual. E depois apareço todo lambuzado, claro.

Os Sonhos, os que vão alimentando os pastéis de nata, vagueiam ao som de músicas, Sons de melodias impares. Sonho de existir, entre momentos de emoção, nas Amizades de punhos cerrados. Sonho de viagens por este mundo fora, encontrando a cumplicidade de um olhar que me leve a paragens das mais belas que um simples sonho pode sonhar. Sonho na felicidade de fazer sorrir um sorriso.

Chegamos aos 100 posts, parabéns a eles que me deram muito a conhecer. Parabéns também aos que vão passando por este estaminé e alimentando-o com os seus comentários. Parabéns a todos os que, tão longe ou tão perto vão acompanhando os pastéis de nata. Ao pastel de nata número 31 talvez precise ainda de mais canela e açúcar.

Por último, fica a esperança (verde!), de que o "31 Resolve".

1 Comments:

Blogger Rui Machado said...

Achas que o 31...resolve!?
Não será um verdadeiro 31!?

07 setembro, 2006 15:32  

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