quinta-feira, outubro 26, 2006

Tempo de

De fortes chuvas que caiem, dos céus relampejados e atordoados em ecos de trovões, que em noites escuras vão isolando a alma na prisão de uma solidão. Sem luz, sem o calor do fogo, sem nada, num desperdício de emoções várias.

Do fogo que aqueceria a noite, que continua a consumir por dentro de um coração forrado com amianto e apertado com os nós que se foram tornando cada vez mais fortes. Bastará um abrir do coração para que da implosão, a explosão se torne na força tal, que árvores velhas se vergarão perante ti.

Da força das árvores, dessas mesmas, despidas, lânguidas e secas, que demonstram cruamente as suas franquezas, são sinónimo de que adormecer nos seus braços, na segurança de quem protege os ninhos mais fracos, por mais fortes que sejam os ventos, é com certeza absoluta a transparência do sentimento mais profundo e único que existe para dar.

Dos ventos fortes, que passam e desarrumam o caos e nada faz sentido entre tristes sentimentos de alegrias contidas, expressas em fugazes momentos. Momentos esses que implodem em sonhos que jamais se realizarão.
Segue-se a espera deste próximo Inverno, que faça do inferno presente, um passado distante para nunca mais o voltar a encontrar.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Fico sem palavras.....

26 outubro, 2006 11:49  

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