quarta-feira, novembro 01, 2006

Da Capoeira

Tch-tch-tin-tóin-tóin...Tch-tch-tin-tóin-tóin...Tch-tch-tin-tóin-tóin

É ao som de este toque de berimbau que se joga capoeira.
Encontrei na capoeira uma força, um estado de espírito, uma complementariedade física, uma vontade de pertencer àquele universo que nunca antes poderia ter imaginado.
Antes de mais, a capoeira é uma forma de estar perante um grupo de pessoas que dialoga no mesmo contexto. O jogo, o confronto entre 2 capoeiristas, é o mesmo que entrar em diálogos de pergunta-resposta entre os capoeiristas. Às vezes encontram-se algumas rasteiras nas perguntas e há outras respostas com sentido diferente, logo temos de estar atentos ao jogo que se vai fazendo. Neste círculo de pergunta-resposta, há a Mandinga, a Manha, a Malandrice, que cada um coloca no seu jogo. É disto que a capoeira vive enquanto jogo, embora na capoeira "de rua", se possa encontrar outras coisas mais negativas nesta arte, mas tendo a consciência de manter o respeito pelo outro capoeirista, e conseguindo jogar com os 3 M's descritos acima temos então uma fantástica forma de expressar-nos na capoeira.

O meu grande lamento é que não consigo dar mais à capoeira, devia participar mais neste diálogo, devia ter mais disponibilidade, devia rasgar os meus compromissos em prol da capoeira, devia ..., devia ..., devia ...