quarta-feira, novembro 08, 2006

Rir por tudo e por nada

Costuma-se dizer que rir é o melhor remédio. Ora bem, eu acho que não, porque quando temos um daqueles ataques de riso, e não pararmos com o raio das convulsões nervosas dos músculos da cara, o mais provável de acontecer é ficarmos com cãimbras nas bochechas, e se, inclusivé forçarmos o músculo do diafragma (músculo que está por cima do estômago) podemos ter umas valentes contracções abdominais. Bem, as dores das contrações abdominais, até são suportáveis para quem tem uma média de 300 abdominais por hora de treino, e mesmo para os que não têm essa média e não têm os abdominais definidos, ou seja, estão flácidos, também não deve haver problema. O problema mesmo é para as cãimbras das bochechas. Agora alguém que fique com as ditas cãimbras, o que é que pode acontecer a seguir? Ou finalmente pára de rir e o assunto (do riso) fica resolvido por aí, embora depois possam ficar com uma cara de parvo por causa das cãimbras, ou então somos obrigados a fazer um daqueles exercícios pouco dignificantes para qualquer ser humano, o de ter de grunhir sons inimagináveis, tipo quando têm de limpar os ouvidos com cotonetes, só para as bochechas voltarem à normalidade. Do género, NHAM, NHAM, NHAM, NHAM, NHAM, NHAM, .... HHAAAAARRRRRRR, .... NHAM, NHAM, NHAM, NHAM, ... HHAAAAARRRRRRR, ...., ÍNHAMMM, ÍNHAMMM, ÍNHAMMM, ....
Também não dá muito jeito, se o ataque de riso for demasiado longo, de tal maneira que começamos a suar por todos os poros, e se estivermos, por exemplo, no local de trabalho ficamos a parecer que estivemos a trabalhar no duro e afinal não ... estavamos só a ter um ataque de riso.

Isto porque, de vez em quando, ou mesmo muito frequentemente, acontece surgir assim do nada pensamentos no mínimo idiotas. Idiotas quer dizer grandes ideias, correcto. Ora a esses pensamentos, as reacções que se pode ter é de que, ou "fez-se luz", ou de rir à gargalhada por ter sido uma ideia tão idiota, parva ou cómica que no fundo o melhor é rir.
Mas também, se uma desilusão aparece, e logo a seguir outra desilusão, e mais outra, e mais outra ... e por aí fora, então o melhor remédio (que não dar um tiro em nós mesmos) é rir, e rir. Vendo bem, o tiro é capaz de também não resolver nada, pois com tanta desilusão a correr, e sorte a menos, seriamos capaz de não acertar em nós mesmos ou ficar com a bala encravada algures, ou mesmo ficarmos com um buraco aberto na cabeça e continuarmos vivos e bem vivos, o que só daria razões para continuarmos a rir.

Para além dos pensamentos idiotas, há também as paródias que certos e determinados indíviduos conseguem criar. Às vezes não basta dizer piadas, basta só trocar umas palavras numa frase que para a risada seja geral, ou mesmo dizer uma daquelas bacoradas bem fortes. Acontece também que ninguém percebe porque se está a rir, e sendo um coisa normal, então o melhor é mesmo nem perceber. Portanto para estas situações, não há mesmo explicação alguma e o melhor mesmo é continuar a rir....

Isto tudo para dizer que esta semana só tive mesmo vontade de rir ... por causa de tudo isto e também por causa de outros sorrisos.