sábado, agosto 12, 2006

Foxy Viagens - Brasil (II)

... continuação de Brasil I
Acordei no dia seguinte na casa do Marco, dona Áurea preparou-me um pequeno-almoção divinal, cheio de frutas e sumos variados, um queijo muito bom que não conhecia e tudo o que mais se possa imaginar. Já conhecia muitas frutas, mas lá descobri outras ainda e também bastante saborosas, não me posso esquecer da carambola (que pelo nome só conheço de um doce indiano), da acerola, e do mamão que basicamente é a papaia mas em tamanho gigante.
A partir desta data, se calhar por esta influência, os meus pequenos almoços passaram a ser quase 100% fruta. Uma ou duas peças, quando não são três e já tenho o pequeno almoço feito. Gosto imenso e sabe muito bem, então em dias de treinos não há melhor.

Os primeiros dias fiquei em Barra de Jangada, Recife portanto. Treinei com o Xié e fiz fotos com o Marco. Nesse local, que é um lugar paradísiaco, havia e ainda há uma ilha que se pode chegar a nado ou de barco dos pescadores, e mais ninguém além dos habitantes de barra de jangada aparecem por lá. Ou seja consegue-se ter uma praia paradisíaca e kilómetros de areia branca e fina só para nós, excelente. Em Recife, com o Marco fomos às compras de material de capoeira e de acessórios para os nossos festivais. Compramos desde instrumentos musicais até guarda-roupa. Depois ainda fomos ver ensaios de várias escolas de danças para as festividades carnavaleiras da região. Vimos ensaios de Maracátu, Frevo e estivemos em preparações de cortejos pelas ruas de Olinda.

Olinda é uma cidade perto de Recife e que tem uma história muito interessante da ocupação dos portugueses e penso que também de holandeses por lá. Além disso é bastante bonita, e quem não foi a Recife, se um dia passar por lá tem que ir a Olinda e visitar a cidade.

Como disse estavamos em Janeiro, muito perto do Carnaval por isso era fácil encontrar vários locais de ensaios de Carnaval. Ainda em Olinda demos de caras com o ensaio de um cortejo numa travessa conhecida como a Travessa dos Quatro Cantos. Montes de gente a passar por lá em ritmo festivo e muita alegria e já agora também muita confusão, como é normal naquele povo. Foi uma tarde e noite sempre a curtir aquela alegria e tanta gente que se chegava e depois desaparecia para depois voltarem ainda mais felizes, muita sede e bebida a jorrar pelas goelas, enfim muita diversão. Ainda em Olinda experimentei uma coisa chamada licor de Índio, acho que era esse o nome. Bem bom...

Depois e para acabar num dos dias fomos para um forrózinho, com uns amigos que facilmente se fazem por lá. E só posso dizer ..... Uuuuuuuuuuuuíííííííííiiiiiii .........

Depois de passada esta euforia, eu e o Marco seguimos viagem para Ilhéus, onde iriamos participar num evento de capoeira. E lá fomos, mochila nas costas e montes de vontade em nos juntarmos a grandes Mestres de Capoeira e a muita, mas muita gente que lá ia estar, de toda a parte do globo. Apanhamos o ônibus de Recife para Ilhéus-Itacaré. Foi uma noite de viagem, saímos ao final da tarde de um dia e chegamos ao inicio da manhã de outro. Ao chegarmos a Ilhéus, tivemos que apanhar outro ônibus para Itacaré, que era nessa cidadezinha que ia haver o evento. Era um sitio (mais um) paradísiaco, com muito verde da flora existente, com grandes paisagens a contemplar a beleza daquela terra. Chegamos a Itacaré e fomos caminhando para o local do evento, que basicamente era numa praia com montes de coqueiros, e que só mesmo em sonhos podemos encontrar. Era ainda mais uma daquelas praias que ninguém lá põe os pés, e ainda bem. Lá estavamos, inserido dentro de uma "comunidade" capoeirista, onde encontrei pessoas desde a América até a Japoneses, passando por Dinamarqueses. Encontrei também alguns mestres conhecidos, como Mestre Gato, e inclusivé um deles se lembrou de mim, esse grande senhor, Mestre Ramos. Reconheci outros mestres de revistas e fotos também bastantes conhecidos no mundo da capoeira, tais como Mestre Acordeon, Mestre Suassuna, Mestre Jogo-de-Dentro, Mestre Itapoã entre outros. Como não estava inserido em nenhum grupo, tive o prazer de me juntar algumas vezes à mesa com alguns destes Mestres mais o Marco e participar (ouvindo e aprendendo) de suas discussões sobre o universo da capoeira. Uma das conversas, nunca me hei-de esquecer, foi quando o Mestre Itapoã, interpelou o Marco sobre o simbolo do nosso grupo ser muito parecido com o simbolo do grupo dele. Foi quase 2 horas (ou mais) a falar disso, e com uns mestres a favor e outros contra a aquecer a discussão. A aulas de capoeira também foram bastante interessantes, onde deu para "olhar" e "sentir" o que é isto de jogar capoeira e estar inserido neste meio. Nos últimos dias encontrei o Aranha, um tipo que mais tarde voltei a encontrar cá em Portugal. Foram cerca de 5 dias assim, treinar, jogar, conversar e dormir sobre capoeira.
Seguimos depois para Salvador da Bahia.

2 Comments:

Blogger Unknown said...

mais uma experiência extremamente enriquecedora! Parabéns Nelson!

14 agosto, 2006 11:03  
Anonymous Anónimo said...

um grande abraço do xie!!!!!!!


essa foi a viagem!!

01 setembro, 2006 15:10  

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