domingo, outubro 29, 2006

Foxy Viagens - Escandinávia (II)

... continuação de ( Escandinávia I ) .

Lá cheguei ao aeroporto, atrasado mas cheguei. Faltava pouco para as 7h00, e rapidamente efectuei o checkin e despachei a mochila pela porta de bagagens fora do formato. Foi a primeira vez que a mochila foi por esta forma para o porão do avião, e ía lá eu imaginar que ela começava uma aventurazinha a partir deste local. Nesta altura já se faziam as últimas chamadas para o meu vôo, e praticamente já todos os passageiros iam a caminho do avião por aqueles autocarros que nos levam da gare para o local aonde o avião está estacionado. Lá fui eu a correr para o autocarro, e depois acabei por ser o último passageiro a entrar no avião, mas ainda tive tempo de ver a minha mochila a entrar no porão do avião, sozinha, pois as outras bagagens já lá estavam. Tive ainda tempo de ajudar um casal idoso espanhol a levar a sua bagagem de mão para o avião. Não sei como é que permitem alguns passageiros levaram bagagens de mão como autênticas malas de cartão para dentro do aparelho. Aquilo não dá jeito nenhum transportar e ainda estorva a arrumação das convencionais bagagens de mão.

"Chocolate Derretido"
Finalmente lá fui eu a caminho de Madrid, num avião chamado de "Eusébio". Logo por aí não seria um pronúncio de que a viagem pudesse correr bem, pois apesar do tipo até ser Moçambicano ou ter sido um grande jogador de futebol, pertencia ao clube dos lampiões. Mas como tinha tido uma noite fenomenal ao som dos Metallica, e esta altura, era a ideal para finalmente lembrar e registar em memória os momentos mágicos daquele concerto. Estava completamente satisfeito e feliz também porque ia viajar e conhecer novos lugares. A viagem até Madrid foi calma e sem sobressaltos nenhuns. A bordo, li as noticias do dia e comi qualquer coisinha.

Detesto, a comida de avião. É completamente enjoativa, à parte alguns alimentos secos (que não tenham que estar armazenados num frigorífico ou que tenham sido aquecidos em micro-ondas) de resto é tudo uma porcaria. Só dá vontade vomitar, mesmo só com o cheiro da comida.

Assim tive que aproveitar os alimentos secos que lá iam passando e alguns doces. Também ofereceram umas pequenas barras de chocolate que aproveitei logo para lhes deitar a mão. Comi alguns e guardei outros no bolso das calças para mais tarde saboreá-los.
Chegamos a Madrid, e ao sairmos do avião, por causa da minha mochila ter sido a última a entrar no avião, acabou por ser a primeira a sair, logo deu para ver o maltrato que ela sofreu nas mão daqueles espanhóis. Pegaram na minha mochila e fizeram-na voar para cima do carro de transporte de bagagens. Possa....
Em Madrid, tinha que esperar umas 4 horas para apanhar o avião com destino final a Copenhaga. E era a altura de aproveitar e tentar descansar um bocado, porque estava praticamente de directa. Acabei por descansar, sentado num dos bancos daquele aeroporto, virado para os aviões que aterravam e levantavam vôo.

Sempre adorei os aviões e vê-los a aterrar e a levantar vôo é das coisas que mais aprecio. É incrível como um monstro daquele tamanho a pesar toneladas consegue se manter no ar e principalmente a capacidade que tem de elevar-se no ar. Quando era miúdo lá com os 5, 6 anos adorava ir ao aeroporto ver os aviões a aterrarem e a levantarem, e ainda hoje isto acontece.

Depois do merecido descanso, lá segui até Copenhaga. A viagem, outra vez calma e sem sobressaltos foi rápida. Ao sobrevoarmos o norte da Europa, lá em baixo via-se perfeitamente os países baixos, e o Mar do Norte, e as ilhas que por lá existem, e depois à medida que se aproximava do destino, o número de ilhas era cada vez maior. No final, ao sobrevoarmos Copenhaga via-se perfeitamente a cidade, pois o avião teve que se posicionar para efectuar a aterragem na direcção correcta e com isso quase que deu uma volta à cidade, dando-me a oportunidade de conhecer a cidade lá nas alturas. Lá estava a ponte que liga Copenhaga a Malmo (na Suécia), as turbinas eólicas colocadas no Mar do Norte, os grandes espaços industriais da cidade e depois o aglomerado de casas numa organização rectilínia e ordenada ao longo de grandes avenidas.
Aterramos mais uma vez sem problemas (agora é que eles iam começando a aparecer). Saí do avião e assim que entro no aeroporto, coloco as mãos nos bolsos das calças e deparo-me com os chocolates que tinha guardado, completamente derretidos nas calças. A mão completamente castanha (e gulosa) e as calças com uma mancha castanha no sitio dos bolsos. A aparência que aquilo dava não era a melhor, certamente ... a minha sorte mesmo é que não era na parte de trás das calças, senão tava bem arranjadinho ....

Continua no próximo domingo, com mais cenas incríveis....