terça-feira, fevereiro 28, 2006

Foxy-Cine "Syriana"

Bom, eu acho que o filme é bom. Também acho que o argumento é bom. A interpretação do Clooney também acho que é boa (ganda badocha, ehehehe). A narrativa é de facto um bocado pesada, pois obriga-nos a estar bem atentos ao desenrolar da história, coisa que não aconteceu comigo. Naquele dia não era um bom dia para ver cinema, estava a milhas daqui, sem cabeça. Claramente que este filme me passou ao lado, inclusivé uma das minhas pálpebras fechou-se durante uns milésimos de segundo e sem eu dar por isso já tinha morrido alguém. Mais tarde descobri quem morreu, só porque já não aparecia mais no filme ;). Por isto mesmo o "Acho".

Syriana é um thriller político, que apresenta várias histórias cruzadas (à semelhança do Traffic, do Soderbergh que também participa neste filme) onde a conspiração, os escandâlos, os actos terroristas fazem parte delas.

De vez em quando, e isto é a minha opinião, neste tipo de filmes é preciso dar tempo ao espectador para absorver a quantidade de informação que o filme transmite cá para fora. Ora aqui houve muita informação a ser debitada e sendo o filme muito intenso na exploração de todos os pontos das tramas que se evidenciavam, provocou demasiada confusão. A minha nota mais negativa vai para o trailer, que na minha opinião dava a entender que o filme seria cheio de actos terroristas e explosões e outras coisas mais, mas não .... depois de o ver dá a sensação que o trailer não é o mesmo que o filme.

Acabei de ver o "Colisão". Este sim, histórias cruzadas, excelentes protagonismos, uma boa realização e produção (cenas muito bem encadeadas com o desenrolar das histórias), e por fim uma boa banda sonora. Filme que aborda os aspectos sociais de racismo, hipocrisia, medo e por aí fora da cidade de L.A. Excelente filme, recomendo.

domingo, fevereiro 26, 2006

Mundo Louco

Estava a pensar nisto como um tema de Carnaval, mas depois pensei que é mais sério do que Carnaval algum. (não era bem isto que queria dizer agora, mas ...!)

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Foxy Viagens - Itália (I)

(continuação de Check-in)

É verdade ia para Itália.

Tinha acordado nesse dia com aquele formigueiro de ir viajar, de ir parar a um desconhecido, de encontrar novas paragens que me fizessem alargar os meus horizontes, excitante. Era uma sexta-feira, e ia para a Optimus finalizar uma semana de trabalho bem árduo, pois nessa semana tinha entrado em produção uma aplicação que eu estava a gerir. Chego bem cedo ao escritório, tinha o vôo marcado para as 18h desse mesmo dia, por isso estava numa de despachar o trabalho e bazar cedo. Antes de mais, quero dizer que em quase todas as vésperas de férias que tive enquanto colaborador da empresa de consultoria que trabalhava, nunca tive um dia normal, era sempre afazeres de última hora, e reuniões, e noitadas ... enfim, arghhhh, muito mau. Estava eu a dizer que ia chegar cedo, e ainda bem que fiz, porque assim que cheguei tinha à espera a minha Manager, com um bilhete de avião para o Porto porque ia ter uma reunião com o Marketing no NorteShopping. Eu... Porto?!!!?? ....hoje??!!?? ... caramba eu vou de férias para Itália!!!! Pois é, lá tive que ir, sozinho, na minha primeira viagem de avião desse dia, a sorte é que ia reunir-me com umas amigas lá do Porto, bom afinal de contas nem tudo parecia mau.

Comecei a fazer contas, tinha que apanhar o avião às 10h e tal, 45 minutos de viagem, chegar antes das 12h ao NorteShopping, e despachar-me até às 15h para apanhar o vôo das 15h30 e estar em Lisboa às 16h30 para conseguir sair antes das 17h (como sabia que não dava para vir a casa, levei logo a mochila de manhã para o escritório), fazer o checkin pelas 17h30, e finalmente embarcar no avião. Chiça, que maratona, será que ia conseguir?

Bom antes de continuar, quero dizer que eu tinha só em minha posse o bilhete de avião de ida e volta para Roma. Não tinha nada marcado para estadia e nem noção nenhuma de um sitio que pudesse ficar. Também não iria ter ninguém à minha espera e pior não conhecia ninguém em Itália. À partida isto não configurava nada de bom, era mesmo uma viagem no escuro que iria fazer, mas que raio, ia viajar, ia desafiar-me a mim próprio, e ... é isso mesmo que estão a pensar, "I'm Crazy".

Retornando ao relato, de manhã as coisas correram como previsto, avião da portugália, taxi e lá estava eu no NorteShopping antes das 12h. Esta foi uma altura das "vacas gordas" em que para se ir ao Porto, ia-se de avião, belos tempos. Tive a tal reunião, deu para comer qualquer coisinha, mas acabei por me atrasar, pois qualquer reunião que se preze nunca acaba a horas. Eram 15h15 quando saí do NorteShoppping, com o avião a sair do Aeroporto Sá Carneiro às 15h30, pensei que já não tinha hipótese nenhuma de chegar a Lisboa a tempo para nada. Estava lixado. Entrei no primeiro táxi que encontrei à saída do Centro Comercial, expliquei ao motorista a minha situação e diz-me ele, "Você ainda vai beber um café antes de entrar no avião." É claro que não acreditei, e pensei eu cá com os meus botões, "pois, pois ... eu nem bebo café, mas de certeza que não será pelo avião das 15h30", mas respondi-lhe "oh, muito obrigado senhor, só me interessa chegar a tempo do avião.".

Já agora, já alguma vez andaram no Porto de táxi? A maior parte das experiências que tive foram tão melindrosas que receei sinceramente pela minha vida, desde de entrar em sentido contrário numa rotunda para fazer inversão de marcha, até passar vermelhos, ou o taxista entrar em diálogos acesos com outros taxistas num característico calão da gíria portuense. Que me perdoem quem é do Porto, aliás cidade que até gosto imenso, mas os taxistas de lá são loucos. Assim como os Gauleses daquela pequena aldeia irredutível, afirmam "Estes romanos são doidos!", eu digo o mesmo dos taxistas do Porto.
Voltando ao táxi, lá foi ele a enfiar-se por tudo quanto era buraco, bermas, ultrapassagens pela direita e sempre prego a fundo. Estão a ver como é o trânsito no Porto, agora imaginem uma daquelas jogadas à Péle ou Maradona que passam em zigue-zague por uns quanto adversários, pois eu sentia-me um desses idolos futebolísticos a passar por tudo que era adversário e sempre à abrir. Finalmente, cheguei ao Aeroporto às 15hh30 em ponto, e vivo.

E a excitação não fica por aqui, até mais uns dias....

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Foxy-Cine "Vai e Vive"

Um excelente filme.
Conta a história da sobrevivência de um rapaz que se vê obrigado pela própria mãe a fugir da sua terra para lutar por uma vida melhor. Esta fuga é proporcionada pela Operação Moisés, operação levada a cabo por uma iniciativa conjunta entre Norte Americanos e Israelitas para levar milhares de judeus de África para Israel.
O enredo desta história, foca-se na capacidade de um rapaz de 10 anos conseguir sobreviver a um ambiente que não é o seu, ser obrigado a viver algo para que nunca foi preparado e depois ser confrontado com muitas situações adversas à sua integração social.
Essencialmente revejo nesta personagem a representação da força interior que é necessário ter para continuar a carregar a mentira que ele vive. Uma mentira, quer da sua vida, quer do seu amor (pela mãe) e também o querer esconder outros sentimentos (continuando a viver na sua mentira) que lhe foi imposta para ele procurar a felicidade. [Pormenor] Outra "mentira"/"exclusão" que este filme mostra está relacionado com a sua irmã, que tem de esconder do pai o que ela de facto gosta.
Será que vale a pena viver uma mentira "nossa"? Uma coisa é certa, é um fardo bastante pesado, ter que carregar com a "nossa" mentira.
Vai e Vive, é um filme que não é costume ter-mos nas nossas salas, se calhar por isto mesmo só está no King. É realizado por um Romeno e os actores são todos desconhecidos (Franceses? Israelitas? Africanos?).
Gostei imenso de 2 cenas, curiosamente são a primeira e última cenas. Representam muito da dor de uma mãe na perca do seu filho e na felicidade em recebê-lo. São de deixar um coração bem sufocado. Sobre estas cenas, eu diria que é aplicado aquela máxima da fotografia, que uma imagem vale mais que mil palavras.

Va, vis et deviens.
Go, See and Become.
Vai e Vive.

domingo, fevereiro 19, 2006

E acabou ...


Pois é para tudo tem um fim.
Foram anos, ou só alguns meses. Realizei e ideializei com o meu pensamento mil e uma histórias. Pois tudo começou num acaso e foi no olhar dela que me fascinei, e entre estes meses ou anos, diverti-me imenso com ela. Este fim de semana tudo acabou ... fiquei triste.
Ainda mais triste fiquei porque precisava dela agora. Sentia que era agora que ia ser mais feliz, mas tudo o que é bom termina na altura que menos se espera.

Cá vou mais uma vez recorrer-me da minha máscara. O sentimento fica para trás, e não me quero lembrar de mais nada.

A minha Lomo morreu. Era de côr Madre Pérola, mas podia muito bem ser azul ou outra côr. Mas pronto morreu.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Foxy Intro II

(continuação de Intro)

E eis o Universo, um conjunto de matéria e energia que inclui o planeta terra e os demais corpos celestes espalhados por todas as galáxia num só todo. Cada ponto de uma galáxia é um ponto de matéria e energia, positiva ou negativa, mas que no meio de uma reacção acusa uma outra reacção equivalente no sentido oposto.

E foi assim que poderá ter começado. Uma distância enorme, um universo imenso, uma reacção acolá e Bum .

Por todo este Universo, porque terá calhado cairmos todos aqui neste rochedo, que suspenso por algo inimaginável roda à volta de uma bola de fogo que nunca mais se apaga? De certo que ninguém sabe o porquê. Nem ninguém sabe se por essa Via Láctea existirá outra forma de vida. Mesmo que exista essa outra forma de vida, será que a mesma reconhece quem nós somos? Se sim, estaremos perante uma forma de vida concerteza superior à nossa, e iremos aprender muito com ela. E ainda mais, o que seria se houvesse um mundo paralelo, com a mesma galáxia, com as mesmas estrelas, com o mesmo sol, com os mesmos astros e um planeta igual, só que existiam num Universo simétrico ao que conhecemos.