sábado, setembro 30, 2006

Da minha horta ...

Sopa de nabiças.

A Nabiça:
É uma planta rica em Cálcio, e possui poucas calorias. À planta em flor comercializada é dado o nome de grelo (Lá está o grelo!!! ) e sem flor de nabiça (... ou o nabo). Utilizado como guarnição ou própria "matéria-prima" para alguns pratos, principalmente os orientais.

P.S.: Incrível, NABO e GRELO na mesma frase ... hummm ... je suis perdu, mon dieu!!

segunda-feira, setembro 25, 2006

Foxy Viagens - Marrocos (II)

... continuação de Marrocos I
Já no aeroporto de Lisboa, coloco a etiqueta amarela da Rota dos Ventos na mochila de modo a diferenciar das outras todas, à espera também de encontrar mais alguém com o mesmo destino de aventura. Sem efeito. Uma questão de minutos pensei eu, era embarcar e depois já se via. Realmente não sabia exactamente quantas pessoas iriam estar nesta viagem nem sabia tão pouco se havia mesmo alguém a ir (acreditava que sim, porque senão era capaz de ter de ser desmarcada a aventura por falta de participantes).
A primeira surpresa (tem sempre de acontecer mais qualquer coisa nas minhas viagens, né!), os passageiros que partiam em direcção a Casablanca entravam num avião, avioneta mais propriamente, movida a motores de hélices, de 10 lugares. Eu que gosto de andar de avião fiquei bastante interessado como iria ser a viagem neste tipo de digamos "planador-que-chocalha-por-todo-o-lado". Foi um bocado dificil fazer a viagem sentado naqueles bancos apertados, mas o que valia era que o avião abanava tanto que conseguiamos aconchegar-mos nos bancos e fazer com o nosso rabo se ajeitasse nos bancos. Eu digo isto porque a minha compleição física me favorece, agora sinceramente não estou a imaginar um rabo mais vistoso (tou a falar de bundas grandes, sim!!) a sentar ali.
Lá iamos nós. 10 passageiros numa avioneta. Lá descobri um casal que iria ter a mesma aventura que eu, mas não meti conversa. Entretanto se havia mais pessoas não sei por onde paravam.
Chegamos ao aeroporto de Casablanca e fizemos o transbordo para o próximo vôo que nos ía levar a Marraquexe.

O aeroporto de Casablanca é uma coisa que nunca tinha visto. Lindo, com imensos vitrais e decorações árabes, um aeroporto geralmente branco, ou não estariamos em Casablanca. Fontes de água a escorrer dentro do aeroporto, luzes a reflectir no branco criando efeitos giros, os vitrais brilhantes e coloridos, e adornos de bronze e outras peças metalizadas e douradas faziam a minhas delicias.

Entretanto, e enquanto esperava o embarque, meti conversa com o Pedro e a Teresa, o tal casal que viajava de Lisboa e que percebi que tinha o mesmo destino que eu. Depois das apresentações, percebemos que estavamos a procura do resto da 'malta' que iria connosco na aventura. Infelizmente não encontramos mais ninguém, apesar das tentativas que fizemos.

Partimos então em direcção a Marraquexe, agora num avião "normal", um boeing 737, mas velho como o caraças. Se calhar até preferia a nossa avioneta que nos tinha acabado de trazer de Lisboa, do que aquele boeing.
Acabei por ficar sentado afastado dos meus colegas de aventura. Sentou-se ao meu lado uma mulher, francófona, à partida muito simpática. Às tantas, e já depois de irmos com algum tempo de viagem, resolve abrir um saco que trazia, e tira de lá um "taparué", abre-o e bem educadamente, resolve presentear-me com o conteúdo. Aqui o meu francês foi testado e com as simples palavras "Non" e "Merci", declinei a oferta. Nisto volta ela a insistir, "Et un fromage [lá da terra dela]", voltei a recusar, voltou ela a insistir, e recusei com algo parecido com "je ne pas fromage" e com um ar menos simpático. Se calhar estava a ser mal educado, porque nos costumes muçulmanos pode ser mal educado recusar estas e outras coisas, mas sinceramente apesar de gostar (e muito) de queijo, não me estava a ver a comer aquela mistela. Enfim, tudo se resolveu. A senhora ficou com uma má cara para mim e eu consegui não comer aquele queijo. Se isto tivesse acontecido nos dias de hoje, não sei se aquele queijo entraria naquele avião ... outros tempos, em que já não podemos trazer queijos nos aviões.

domingo, setembro 24, 2006

Aventura

Meus amigos ... http://miniaventura.blogspot.com/
um dia, quem sabe ...
por outros caminhos!

Temporada oficial

Foi hoje inaugurada a temporada oficial de praia 2006/2007. Até ao próximo verão, será eu e o mar, o mar e eu ...
Objectivos são os mesmos do ano anterior, melhorar a performance sem ter que embrulhar-me muitas vezes no meio das ondas.

quinta-feira, setembro 21, 2006

21 / 9

Marcos deste dia 21 de Setembro.
De um dia cinzento e belo ao mesmo tempo, um dia que a água da chuva cai, limpa e abençoa esta terra de tristezas e maldades. Estamos a 100 dias de mais um final de ano. 100 dias, ou mesmo, Sem dias em que peno no caminho que tracei durante este ano. Dos outros 265, fugiram, como quem sozinho, deixou voar sonhos de um cavaleiro andante. 100 dias para esconder o definhamento persistente, com máscaras de alegria de corpo inteiro.
Também terminou o Verão, como já tinha terminado a Primavera. Acabou. Fechou-se mais um ciclo, um ciclo que aprofundou ainda mais certezas e incertezas, misturou sentimentos e crenças, fez-se luz num sorriso, e brumas num impulso verdadeiro. Da Primavera deste ano acabou triste, e do Verão deste ano acabou em desfalecimento espíritual.
Hoje também dia de paz. Do que quero mais entre todos. Paz que leve à coexistência de nós, que reúna mundos e povos de costas voltadas, de Paz que concilie os mais profundos sentimentos. Nas músicas de hoje, cantam-se a Paz em todo o mundo, nas mais diversas linguas e dialectos e quem deve ouvir estas músicas não as ouve. Ficamos dependentes de insensíveis ao ouvido, para sentirmos a Paz que temos direito. Da minha Paz à tua Paz.

terça-feira, setembro 19, 2006

Foxy-Cine "Quem Está Morto Sempre Aparece" e "Sentinela"

Aqui estou eu para dizer que não gostei destes filmes. E aproveito faço logo 2 em 1 para não estragar muito qualquer um dos filmes, porque isto de opiniões tem que se lhe diga ... ora uns pensam uma coisa e outros pensam de outra coisa e depois ninguém se entende.

Vi o Sentinela porque me pareceu que ía ser um filme interessante. De facto a coisa até foi-se vendo, e eu não sou esquisito quanto a filmes, vejo de tudo (em cinema) desde muito bons até muito maus filmes. Este fica assim numa escala de 0 a 10, com nota 3, e isto porque o filme até tem algum ritmo, com situações intensas de acção que prendem o espectador ao écran, mas depois tem um Michael Douglas que já não está para estas curvas, e velho e decadente como está, devia era mas é ir cuidar da Catherina Zeta-Jones (ou então Não, como também já não tem pedalada para tanto, por isso é que está perdido aqui neste filme). E depois temos um Kiefer Sutherland, com a genica toda do 24 H, também perdido num papel secundário à sombra do personagem do Michael Douglas, ... merecia melhor. Finalmente, porque também foi uma das razões porque fui ver este filme, uma Dona de Casa Desesperada, e que devia mas é ficar a cuidar da sua casa, porque para fazer uma papelão tão plástico mais valia ficar lá no seu bairro. Sim, ela é GIRA (UUUUUÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍ....), mas só pô-la a enfeitar não dá para nada, e depois ainda, ela foi apresentada como sendo uma especialista em linguas, e imagine-se falava 4 (sim, quatro) linguas fluentemente. Com tantas linguas e dialectos que existem, uma especialista em linguas falava 4 delas!!! E depois passou todo o filme a falar em Inglês, portanto só saberia mais 3. A minha questão é que poderiam dar mais "inteligência" à personagem ... e pô-la a falar em Português por exemplo ..

Mudando de sala. Vi o "Quem Está Morto Sempre Aparece", só porque era o único filme que acabava antes do Sporting começar a jogar. Pensei eu que ia ver uma tremenda banhada. Mas até que nem foi assim tanto, porque valeu a tentativa de fazerem uma comédia negra, valeu a tentativa de tentarem se aproximarem do melhor filme do género (comédia negra) realizado pelo Mestre A. Hitchcock, que foi o "Trouble with Harry" ou "Terceiro tiro", em português. Mas de resto temos um Robin Williams decadente (mais um) e que de certeza que ele faria melhor com outro tipo de filmes. Pareceu-me um bocado peixe fora da água e com uma performance muito esforçada, quando já o vimos em melhor situações. O que escapa, e vale a pena olhar é a boa interpretação da Holly Hunter a fazer de uma doente "maluca" e sem tino.

E fico-me por aqui ...

domingo, setembro 17, 2006

Se eu fosse capaz ...

... de trapalhadas sem fim.
... dizia que sim.
... olhavas para mim.
... procuraria até ao fim.
Mas como já não sou, fica tudo assim mesmo ... até ver, desisto de tudo.

"Getting Away With It (All Messed Up)", James

[...]
Getting away with it

All messed up
Getting away with it
All messed up
That's the living
Getting away with it
Getting away with it
Getting away with it
That's the living
That's the living

quarta-feira, setembro 13, 2006

Miss Iceberg

E de repente, assim como chega uma frente fria, uma montanha de gelo emerge à superfície. Tal qual um Titanic, arrombado e destruído, afunda-se nas brumas dos oceanos. Águas geladas que mantêm o Iceberg, impedem raciocínios concretos. Sem dúvidas, e com as certezas de que um raio de sol continua lá, sorrindo com o seu sorriso cristalino.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Liberdade e Segurança

Cinco anos passaram.
Como num cenário de filme, dois aviões perfuram dois edifícios explodindo e causando o seu desmoronamento num cenário de catástrofe. Viram-se pessoas a morrer saltando, impotentes, dos edíficios em chamas, viram-se outras pessoas a fugir daquele local em busca da sobrevivência naquele dia, viram-se nuvens de pó a invadir uma cidade, viu-se do espaço a mancha de fumo que se formou naquela área, viu-se o desespero, a incredubilidade, a realidade nua e crua ... a guerra. Mas também viram-se heróis que conseguiram dar conforto a quem sobreviveu, que enfrentaram perigos e socorreram quem precisava ... ou mesmo aqueles que depois de cinco anos, estão cá para mostrar que ainda estão vivos para não esquecermos tudo o que aconteceu.

Cinco anos depois.
Perdemos a liberdade e ganhamos mais segurança? Até aonde é que vai a nossa liberdade? Ou aonde é que começa a nossa segurança? A segurança começa aonde a liberdade acaba? ... e o contrário, a liberdade começa aonde a segurança acaba?
Não sei se faz sentido lutarmos por uma liberdade quando não temos segurança, porque para sermos livres temos de estar bem connosco e com os próximos, ora se não estamos bem connosco nem com o próximo, como é que podemos ter alguma segurança. A segurança é a consequência da conquista, de conquistarmos a empatia do próximo, de conquistarmos a nossa própria estima, e para isso teremos de ter a liberdade de criar as condições para conquistar o que nós queremos.

Bem, eu pessoalmente não sou de desistir por nada. A conquista de tudo o que temos de direito, considero ser um ponto fundamental para a coexistência do ser humano. Quer seja a conquista de liberdade, de paz, de fraternidade ou do amor. Por muitos caminhos tortuosos que vamos passando, é seguir sempre em frente de acordo com as nossas crenças e princípios.

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NOTA: este post foi escrito com o pensamento nas ideias de Liberdade e Segurança, que foram lançadas (e escritas) pelo Presidente da República ao Presidente dos Estados Unidos da América.

domingo, setembro 10, 2006

Foxy Viagens - Marrocos (I)

Agosto, verão de 2002.
Neste ano tinha já viajado pelo Brasil. Foi uma viagem enorme. E a vontade de voltar a viajar também era enorme. Apesar de tudo, não tinha planos, nem ideia do que fazer com as próximas férias que se aproximavam a passos largos. Não conseguia encontrar nada que me realizasse. Olhava para os operadores turísticos e eram só destinos de praias e muito lazer e pouca aventura e culturização.

Nunca fui muito adepto de férias de "papo-pró-ar". Não sei bem o que é isso, porventura quando experimentar fazer algo do género, irei perceber o porquê das pessoas quererem só praia e sol quando se trata de férias. Na verdade, olho para as férias, com o interesse de conhecer outros locais deste imenso mundo, de viajar e encontrar novos ares. Enfim, já falei em posts anteriores o que procuro em viagens, e não vale a pena voltar a repetir.

Desta vez, estava no local de trabalho quando o Vx me diz, "pá e já viste a rotas do vento?" Fui lá e encontrei rapidamente o que queria fazer. Viagens de aventura e Marrocos. Embora outros destinos que por lá estão, me pareciam também bastante interessantes.

Devo dizer que não quero morrer sem atravessar alguma parte do continente Africano, nem deixar de conhecer os confins do mundo lá para os lados da Tasmânia, e nem deixar de conhecer as antigas grandes civilizações para os lados da América Central ou mesmo países interessantes que existem no extremo oriente. A ver vamos para quando estas viagens.

Decidi-me pelos Berberes do Toubkal, mesmo em cima da hora. Faltava só uma semana para a partida. Tratar e não tratar da mochila, ter as precauções todas para este tipo de viagem e ... zangar-me com o operador do Exit porque só me deram o bilhete no dia anterior ao embarque para Marrocos, às 18h (isto sabendo que a partida seria às 8h da manhã). Não é que tenha ficado muito zangado, até porque as pessoas que me conhecem sabem bem que não me zango com facilidade. Mas como é da praxe, foi mais uma das histórias que me acontecem quando vou de viagem. No dia seguinte lá estava eu, de mochila às costas e pronto para seguir para o Magrebe, com destino final Marraquexe, com escala em Casablanca.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Compota de Pérolas

Antes de mais, "CONFUSÃO", "CAOS" ... nas ordens de ideias que pairam na minha cabeça oca. OCA, digo bem, porque tudo o que está cá dentro chocalha, chocalha e só faz barulho. A questão: ... de um amigo meu, diz-me que "Só te arrependas daquilo que não fizeste!". Ora se de facto fiz ou executei, leva-me a pensar que não me vou arrepender, mas creio que possa ter "borrado a pintura", e se assim fôr sentirei-me lá muito em baixo (insignificance ... dropping down). Mas a minha intenção foi mesmo ... fazer sonhar um sorriso.

Voltando ao assunto em epígrafe (palavra cara, que até sabe bem colocar aqui, dá um ar inteligente,né), falemos de compotas. Compota, que basicamente é uma substância homógenea, e que pode ser uma mistura de várias coisas e condimentos. Assim, imagine-se, uma compota explosiva, que se entranha em nós, e se consegue expelir cá para fora todo o âmago que vai consumindo cada ínfima parte, e no final depois de cá tudo fora, ainda temos vontade de lá ficar a saborear essa compota explosiva.
Estive ontem lá, foi toda uma mistura de sensações e emoções deitadas todas cá para fora, sob temas de"Corduroy" (o segundo do alinhamento, mas o primeiro de todos) , "Even flow" (com um ganda solo de baixo e bateria), "Why Go", "Whipping", "Insignificance", "Light Years", "Life Wasted", e não dispensando os incríveis "Black", "BetterMan" e "Daughter". Para a compota estar completa, faltou o "Immortality", "Glorified G", "Fatal", "Nothingman", entre outras pérolas. Daí está o titulo deste post .... Compota de pérolas.
Cheguei à conclusão, do porquê de gostar tanto deste som. Tudo a mexer ao mesmo tempo, guitarra, baixo, bateria, e com um fluído .... digamos que brilhante. Lá está, é a compota (pasta homogénea) que vibra neste ritmo, misturando tudo (as pérolas) e transformando-os em outras emoções.

Não consigo explicar melhor. Há alguns registos a circular por aí, e aqui fica a estreia do youtube neste canto que (quase) ninguém olha.



... e foi assim. Gostava de ter tido a sorte de uma [...] ... gostava mesmo.

Em nota final. Eu acredito que esta letra vai ser verdade algures no tempo.

I know someday you'll have a beautiful life,
I know you'll be a sun in somebody else's sky, but why
Why, why can't it be, why can't it be mine ...

domingo, setembro 03, 2006

Dar e Receber

Tu Deste, eu Recebi, Retribuí e Recebeste.
Conjugar o verbo dar na primeira pessoa, adjectivando-o com um sentimento profundo.
O dar é mais do que receber.
O receber é a consequência do dar, e dar é o que mais quero fazer.