quarta-feira, maio 31, 2006

Foxy-Cine "X-Men III"

O aparecimento de uma "cura" para os mutantes, serve de argumento para mais um X-Men. Se tivesse que fazer alguma análise sobre o argumento, diria que desta vez o filme aprofunda a capacidade que nós (enquanto seres pertencentes a uma sociedade evoluída) temos em não suportar a diferença de cada um. Isto é, de não sermos nós próprios e querermos sempre imitar quem está na "moda", esquecendo os nossos princípios e formas de estar, ou de querermos mostrar o que não somos só para nos sentirmos integrados. É assim que os mutantes neste filme são levados a procurar a "cura" para serem considerados humanos, esquecendo as suas raízes. Discutível. Apesar de tudo, a sequela perfeita aos argumentos dos X-Men anteriores, onde a questão da xenofobia era largamente abordada. Mas isto é um filme que retrata uma banda desenhada, temos que ver as coisas pelo lado da ficção que envolve a história.
De resto, o filme está fixe. Efeitos Especiais quanto baste, personagens bem caracterizadas e bem interpretadas. Não gostei do Wolverine, está muito "team work", pois sempre o reconheci como um "lonely warrior". A Storm está belissíma, assim como a Dr. Jean Grey/Phoenix. Não apareceu o NightCrawler, o meu favorito... espero que venha no próximo.
Sobre a realização, há lá uma gaffe que não sei porque é que deixaram passar aquilo. Não é que a meio da cena da ponte, primeiro está de dia e depois quando a ponte já está atracada, está noite cerrada!!! quando temporalmente não se passou mais que uns minutos ... mesmo mauzinho.

E cá estarei para o X-Men IV ...

segunda-feira, maio 29, 2006

Lote 180

Bom, começo por dizer que já tenho água, o que é claramente positivo. Já posso começar a pensar (seriamente) no relvado e na churrasqueira. Tudo começou à uma semana atrás, a história da água, claro. Faço entrar o pedido de água nos serviços municipalizados e no dia seguinte lá estaria o homem para instalar o raio do contador. Chega para instalar, e o contador não servia para os canos que lá haviam no Lote 180. No dia seguinte, falo com o canalizador para ir lá alterar os canos de modo a poder-se colocar o contador da água convenientemente. A solução passaria por aplicar umas junções diferentes. Trabalho feito, vai lá o homem para colocar o contador. Consegue colocar o contador, mas surge mais um problema. O raio do Olho do Boi é pequeno demais para caber a chave francesa. Aqui já percebo que os bois não têm nada a ver com certas francesíces. Peço então ao outro senhor para me aumentar o raio do Olho do Boi. Olho do Boi aumentado, e já cabia a chave francesa (que eu não tinha). Entretanto o homem do contador na altura, bazou sem saber se já jorrava água ou não lá no Lote 180. Como não percebo muito daquilo, não queria estar a inventar e provavelmente o que iria acontecer era estragar alguma coisa. Hoje, volto ao local do crime já na disposição de ter água de qualquer maneira. Chego lá, e está o meu (novo, futuro) vizinho no seu quintal. Entretanto explico-lhe o que tencionava fazer. Ele todo entusiasmado, talvez para ter um final de tarde diferente, fora da pasmaceira que por ali se vive, resolve ajudar-me e vai buscar as ferramentas apropriadas para o dito trabalho. Entretanto, não se resolve à primeira. Vai daí, foi chamar um outro vizinho da rua. Chega o vizinho que ainda não conhecia, e ajuda mais um bocadinho. Entretanto surge mais outro vizinho que ainda não conhecia, que resolveu ajudar os vizinhos que me estavam a ajudar. Entretanto.... Teve que se abrir um buraco que existe na rua para abrir uma torneira de segurança da água porque o homem da água não fez. Teve que se tirar o contador para apertar convenientemente para não haver fugas de água. Teve que se invadir propriedade alheia (outro vizinho) para saber se o contador estava bem posto, mas o que vale é que ali os vizinhos parece darem-se bem. E serviço feito. Com tantos vizinhos a ajudarem-me a animação maior foi quando o meu carro resolveu efectuar uma tentativa de atropelamento aos meus vizinhos. Como a alguns meses atrás ... descaíu, descaíu ... e bateu num Audi. Desta vez não acertou em ninguém, mas quase ...
Com esta história da água já conheci quase todos os novos futuros vizinhos que vou ter. E saí de lá, com uma ligeira impressão de que as tardes de fim de semana poderão-se tornar algo diferentes lá para aquelas bandas, graças ao Je.

quinta-feira, maio 25, 2006

Quero viajar

A minha viagem continua ...
Sigo os destinos que os ventos de mudanças me encaminham, desconhecendo o que irei encontrar. Ao surfar nesta onda de particulas de ar, tombo enrrolado em mim próprio e embora seguindo sempre aquele instinto, dou razão ao que sempre soube.
De palavras curtas e àsperas, "pena" foi coisa que nunca tive.
De silêncios felizes, senti o que não queria sentir.
De mensagens de ocasião, desculpo-me sem culpa.
Do outro lado do mundo, vejo que nem miragem serei.
Das saudades que sentiram, não se moveram mundos.
Culpo-me a mim.
Mudei de combóio, apanho outro avião, sigo para o desconhecido porque infelizmente não me ajusto aos meus sonhos.
Continuo na minha viagem ...

terça-feira, maio 23, 2006

Parabéns Nitinha!

Olá Nitinha ...
parabéns à minha irmã...

Já sabes que não tenho dinheiro para te dar prendas, por isso deixo-te escrever um post aqui no meu blog (sujeito a censura, claro!!!).

28 Anos ... de patetices, tchii ... se não fosse eu aonde é que já tinhas ido parar ...

Pateta Alegre (gooffy version :) )

domingo, maio 21, 2006

Foxy Viagens - Itália (VI Siena)

... continuação de Itália V.

Era uma quarta-feira, 11 de Abril. Deixava Pisa logo pela manhã. Cedo, para aproveitar ao máximo o dia e a viagem até ao próximo destino. Pisa acabava de ficar para trás. Foi uma cidade que gostei, principalmente a área de jardins à volta do Duomo, e adorei viver de perto aquela torre inclinada, presa por uns tensores que a mantinham no seu estado de inclinação. Ficará sempre presente na minha memória, uma imagem "cómica" dessa torre. Sem dificuldade em escolher o próximo destino, pois já estava pensada na hipótese de parar por esta cidade, segui no primeiro combóio que me levava a ela. Calhou-me novamente um daqueles combóios do tipo regionais, em que se pára em todas as estações e apeadeiros, mas que se consegue disfrutar de tudo, inclusivé tempo para tirar fotos às belas planicies toscanas. Seguia então para Siena.

Siena, está situada no topo de uma elevação. É uma cidade ainda no estilo medieval, onde a arquitectura de edifícios antigos transparece um ar gótico, com os seus tons laranjas e castanhos a sobressaírem das suas fachadas, e à tarde, com o sol a meia altura, paira uma luz linda, óptima para fotografar. O seu centro circundado por muralhas que a tornam numa mistura de encantos e claustrofobia e com várias ruas e ruelas, estreitas, escuras, a formarem uma espécie de labirinto citadelo. As janelas das casas, com as suas portadas abertas quase que se podiam tocar com as janelas das casas da frente, dando um aspecto bairrista que nós bem conhecemos através dos Bairro Alto ou Alfama.

Tinha chegado cedo a Siena, por volta das 10h00. A estação de combóios, ficava cá em baixo. Para se chegar à cidade, podiamos ir de mini-bus ou mesmo a pé. Eram ainda uns 3, 4 km sempre a subir. Decidi começar a minha aventura (sim, foi uma grande aventura este dia ...) indo a pé claro. Eu queria visitar a cidade e no final do dia apanhar o combóio para outro sitio qualquer, e não pretendia pernoitar aqui em Siena. Lá fui eu, mochila às costas, tudo nos conformes, e em passada de viajante segui rumo à cidade. Cheguei lá bem. Entrei por uma das portas das muralhas que circundam a cidade e fui avançando e descobrindo aos poucos as várias igrejas, catedrais, palácios, monumentos, praças características. Encontrei enquanto passeava, uma loja onde vendiam vários tipos de frutos secos. Aproveitei e comprei um saco de variedades e entre vários que eu nunca tinha provado estava uns estranhos secos de uva, pêssego, banana, ... delicioso. Basicamente foi o meu almoço e lanche. Parei às tantas na praça principal de Siena. A Piazza Del Campo. Num dos topos da praça situava-se a conhecida Torre del Mangia. Muito linda a praça. Nela, em séculos anteriores, organizavam-se corridas de cavalos à volta dela. Hoje em dia, mantém-se essa tradição de fazer as corridas de cavalos, e outras variedades de espectáculos medievais. Depois, acabei por apanhar uma molha. Começou a chover e só me consegui abrigar na Catedral de Siena. Foi um óptimo momento para apreciar a beleza daquele edíficio. Construído com vários tipos de mármores, num estilo único, e uma combinação das cores preto e branco excelente. Parou a chuva e segui. Passado algum tempo, começo a ter a sensação de estar a andar à horas e a passar em vários sitios com alguma frequência. Andava às voltas por Siena, sem parar, virava numa esquina por uma ruela e ía ter a um sítio do qual já tinha passado. Continuava a tentar procurar novos caminhos e ia dar sempre a locais que já tinha passado mais que uma vez. Já começava a desconfiar que estava desorientado. Eram por volta das 16h. Já estava à 6 horas a andar (às voltas e carregado com mochila) em Siena. Resolvi ir embora para a estação de combóios. Procurei uma porta de saída e lá encontrei. Quando dei por mim, não era aquela porta que dava para a estação. Voltei para trás. Mais umas voltinhas para procurar uma nova saída, e lá fui encontrando de novo os sitios por onde já tinha passado. Encontrei outra porta de saída. Uns metros depois de sair pela porta confirmei que também não era aquela a saída. Voltei novamente para dentro com direito a mais umas voltinhas no labirinto. Mais uma porta de saída e mais outro regresso ao labirinto.
Nesta altura, o mais fácil, e o que se deve fazer era procurar informações a quem nos pudesse informar. A minha primeira tentativa foi "tentar" perguntar a um pastor para onde é que eu deveria ir. Mais valia estar calado. Parecia que ele me ia bater com o cajado, tal a forma que o homenzinho se assustou comigo. Casmurro como sou, resolvi o seguinte ... se me meti nisto assim, vou até ao fim, sem perguntar a ninguém e irei descobrir onde raio ficava a porta de saída. Continuei. Já passavam das 19h e nada. Comecei a achar que não ia sair dali tão cedo. Estava a ficar cansado e já com dores nos pés de tanto andar. Resolvi o assunto. Que se lixe o combóio. Vou mas é encontrar um sitio para ficar a noite, descansar e ir ver a noite de Siena. Lá encontrei um sitio bem acolhedor e barato para ficar. Um belo banho, uns minutos a descansar e lá fui eu comer uma pizza, bem confeccionada num forno de lenha. Belíssima. Saí depois à procura de distração entre uns bares e locais bem giros da cidade, mas desta vez sem me esticar a ir para muito longe com medo de não conseguir voltar ao poiso. Acabou por ser uma noite fixe. Quando chego, mesmo à frente da porta do hostel, está uma tabuleta que dizia "Stazzione - Siena", e apontava para o fundo da rua, onde reconheci a porta que tinha usado para fazer a minha entrada nesse dia em Siena.

(encontrei este link com algumas fotos de Siena dos locais onde passei para verem)
(as minhas fotos um dia poderei mostrar, foram muitas)

quarta-feira, maio 17, 2006

E eu???

Já li O Código Da Vinci. E antes li o Anjos e Demónios.
Penso que fiz bem. Gostei mais do Anjos e Demónios do que o Código Da Vinci. Talvez por o Anjos e Demónios se passar quase exclusivamente em Roma, cidade fantástica, aonde se tropeça numa antiguidade/ruína a cada esquina que passamos. Penso que os factos e teorias têm uma maior base de sustentação, e talvez por me lembrar de alguns dos locais por onde se passa a acção.
E depois também, porque raio é que o Código Da Vinci tem, que eu não tenho. Passo a explicar. Se calhar também posso descender de uma linhagem sanguínea real de Jesus Cristo e Maria Madalena (como prevê o dito livro), e esteja a ser perseguido por uma ordem qualquer a fim de me exterminar. Quem não me garante? Neste momento por exemplo, posso estar disfarçado como nas bandas desenhadas, fazendo um papel de vilão. Um vilão que não sendo vilão, será só uma imitação daquilo que não é, confundindo-se entre os reais vilões e eventualmente os heróis acidentais. [à parte: Certo dia intitulei-me "vilão psicopata", devia ser o outro Eu a tentar fazer qualquer coisa ... non sense] Ou simplesmente, talvez eu seja o último herdeiro dessa dinastia real, e bastante poderoso mas que não posso mostrar os meus poderes porque então revelar-me-ia para todos, e isso não pode acontecer. Posso também estar a esconder grandes segredos, inimagináveis, que ao serem revelados farão mudar a história deste mundo.

Por falar nisto, há certas sensações que de vez em quando me acontecem ... uma delas é sentir que o Mundo gira à minha volta, sirvo de um fiel perfeito à congregação de todas as forças existentes neste mesmo Mundo. Ou então, se eu não existisse este Mundo também não existia, logo tu também não existias. Já descobri algumas coisas. E também ainda não descobri outras.

Quando era puto, gostava imenso dos desenhos animados do HE-MAN, THE MASTERS OF THE UNIVERSE .... e sentia-me bem a dizer "I AM THE MASTERS OF THE UNIVERSE", com os punhos erguidos ... poderia ser algum prenúncio, né?
Ou então mais recentemente, quando descobri que tenho o dom de cair como os gatos sempre em pé. Isto é, vinha eu a passar calmamente num passeio, quando o deslizo com os meus sapatos na calçada lisa, e os pés fogem-me para cima como se tivessem sido puxados por uma força sobrenatural e completamente no ar (mãos, pés, rabo, etc ...), só penso "não posso sujar o fato, não posso sujar o fato". Vai daí, quando chego ao chão aterro com as mãos apoiadas atrás e o rabo em cima sem tocar no chão, e sem sujar nada do fato. As pessoas que estavam ali numa paragem ao lado, todas de boca aberta com tal demonstração dos meus poderes sobrenaturais.

Outra das coisas que estes 2 livros mencionam são os ambigramas e os anagramas. Depois de um certo estudo criei um ambigrama para o meu nome, e aqui está ele: (num ambigrama vê-se a mesma coisa se invertermos uma imagem, se não acreditarem virem o monitor de pernas para o ar e verão este mesmo desenho estampado)


... e descobri um anagrama escondido no meu nome. Não querem acreditar que de facto eu carrego um segredo muito especial, então o que me dizem disto:
o meu nome:
NELSON IVAN
o anagrama:
N. AN EVIL SON


Já agora, quem quer ir comigo descobrir o que há mais para descobrir numa próxima sessão de cinema para ver o "Da Vinci Code"?
Vamos?? .... uhuhuhuhuhuhuhuhuh .... vai ser asssssuuuusssttaaaadooooooor ........

terça-feira, maio 16, 2006

Apetecia-me algo ...

Apetecia-me algo. Sentado na esplanada da praia. Ouvindo o barulho das ondas do mar. O esvoaçar das gaivotas. A brisa, passando de fininho. Ali, durante a toda a tarde solarenga. Escutando leves melodias, sons de ... Rouge Rouge, Air, Zero7, Moby, Massive Attack, Fragile State, Koop, Voom Voom, Gotan Project, Mozez, Morcheeba, Aqua Bassino, Thievery Corporation, Sofa Surfers, Fc Kahuna, Freedom Dub, Café Del Mar, Mandalay, Mazzy Star, Eloisia, Zeb, Kaskade, Enigma, Aquanote, Tau, Jamiroquai, The Flaming Lips ... e mais outros nesta onda.
Apetecia-me mais qualquer coisa ... ali sentado.

sexta-feira, maio 12, 2006

Esquissos & Esboços II

[Actualização]
Epá ... podia estar melhor, afinal é só um esboço a pastel. De facto ... preciso de alterar alguns traços ainda.


Os esquissos, vistos de cima para baixo e de baixo para cima ....


O que parece?
A pintura em pastel, visto de baixo para cima e de cima para baixo ...


Modéstia à parte, acho que consegui mais ou menos o que queria. A hipótese de ser o Homer Simpson, não me tinha lembrado dessa, só mesmo o Rui para se lembrar do Homer. Ao inicio pensava numa caveira a ser transportada algures, mas não jogava com nada ... depois a hipótese "aranha/viúva negra" já me parecia mais coerente. Como disse acima, ainda há traços a rever, mas o efeito desejado foi conseguido.

segunda-feira, maio 08, 2006

Redução ao Absurdo

Uma das coisas que aprendi com gosto na minhas aulas de Análise Infinitésimal, foi a arte de provar proposições e derivar teses. De entre estas, havia as provas por corolários, as provas por indução matemática e das que mais gostava eram as provas por redução ao absurdo. Afinal, em que é que isto consistia? Usando termos correctos de matemática a demonstração leva que para uma proposição p=>q é provar que seu valor lógico é verdadeiro. Como a proposição ¬q=>¬p é equivalente à primeira, então provando esta, a outra também está provada. A hipótese "p" não só contém a condição explicitada, mas também toda a teoria anterior à tese. Por isso, quando chegamos a um "absurdo", estamos chegando à negação da tese.
Ora estas deduções já vêm da Grécia antiga, onde antigos filósofos teriam pensamentos sobre estas formas matemáticas para desenvolver teorias à sua volta, crescendo nesta altura o conceito de noção por absurdo.
Da parte dos sofistas tais métodos serviam para demonstrar, ironicamente, a falsidade das proposições de um adversário. Estabeleceram-se, assim, na escolástica, dois métodos contestatórios: a probatio per absurdum (prova pelo absurdo) e a reductio ad absurdum (redução ao absurdo). No primeiro se pretendia provar a verdade de uma proposição pela falsidade evidente de sua contraditória (por exemplo o Teorema de Pitágoras); no segundo caso ocorria uma inversão do significado inicial de uma proposição, provando-se a sua falsidade pelo exagero de suas conseqüências até o ridículo (por exemplo a Teoria dos Limites, na matemática). A reductio ad absurdum constituía-se, pois, num método irônico de ridicularizar uma doutrina adversária. Através do uso escolástico o absurdo identificou-se na Antiguidade com o conceito de falso.

Assim, para provar a minha proposição de vida, a seguinte, "Vivo sou feliz", temos o seguinte raciocínio:
Por absurdo, consideremos a afirmação 'Vivo não sou feliz'.
A felicidade é algo flutuante e que acontece entre momentos, não sendo um corolário da matemática da vida. É sim, algo consequente. Algo derivável de outro estado e que implica a passagem para outro estado. Portanto, sendo a felicidade um resultado de uma função diferenciável, como função unívoca, não temos de provar nada.

Aqui o objecto de análise é o facto 'Viver'. Ora como já disse antes, em "... Elementos da Vida." a vida são os três A's. A de Alegria, de Amizade, de Amor. Como proposição temos que "Qualquer equação que contemple um dos 3 A's como factor da mesma, esta equação resume-se num e só num contradomínio. E este contradomínio é constituído por 1 elemento, a felicidade." (*) Isto quer dizer que, em qualquer equação, se tivermos qualquer que seja 'A' um factor da mesma, o resultado da equação será sempre a felicidade.
Logo na nossa afirmação, "Vivo não sou feliz", e sendo o "não sou feliz" consequência de "Vivo", e como na minha tese temos que Viver são os 3 A's, de acordo com a nossa proposição, qualquer que seja 'A', resulta no termo felicidade, logo concluí-se por redução ao absurdo que "Vivo não sou feliz", é uma falsidade.

(*) Esta proposição é uma tese minha. Algo que poderia ser provável. Estou aberto a outras provas para concluir a veracidade desta proposição.

domingo, maio 07, 2006

Foxy-Cine "Infiltrado"

Um excelente filme. Grandes actores (Denzel Washington, Clive Owen, Jodie Foster) e um dos melhores realizadores (Spike Lee), na minha opinião.
"Infiltrado" é um thriller policial de alto nível, com uma gestão do "suspense" de modo a deixar o espectador sempre mais confuso em relação a quem é o infiltrado. Basicamente, a formula foi colocar uns assaltantes vestidos de homens da limpeza dentro de um banco e efectuar um assalto com direito a reféns. A partir daqui foi deixar rolar o filme. Entre cenas actuais e flashbacks "futuros", surgem as tramas que foram emergindo no desenrolar da história, o jogo psicológico entre o policia e o assaltante é delicioso, e finalmente, até no final há sempre mais uma revelação que nos surpreende. Depois a ajuda de grandes actores, em particular do Denzel e da Jodie Foster (apesar dos poucos minutos no global do filme em que ela aparece), fazem deste um dos melhores do ano.
Spike Lee, volta a filmar em Nova Iorque, ou não fossem todos os filmes dele filmados nessa cidade. Volta também a abordar alguns temas pouco fáceis, neste caso como o racismo ou exclusão social. Excelente o excerto em que aborda este assunto fazendo um sketch giro entre e sobre os albaneses nova iorquinos.
É um filme também com um grande poder de realização. Bastou uma rua (de uns 50 metros) uma fachada de um banco, um cofre e uma sala do banco para se fazer este filme. Com planos bastantes interessantes conseguiu mostrar tudo.
Destaco também a entrada incial do filme feito ao som de ''Chaiyya Chaiyya Bollywood Joint''. Não conheço nada disto, mas é uma música indiana que fica espectacularmente bem neste inicio de filme.

Citações:
Dalton Russel (O assaltante): I have to talk to your father about this game. [era um jogo tipo Grand Thief Auto, onde se ganha pontos por crime cometido]

Madeleine White: Don't take this personally, but I don't think you can afford me.
Keith Frazier: Don't take this personally, Miss White, but you can kiss my black ass.

Waiter: Excuse me Sir, do you have a reservation?
Keith Frazier: [walking past waiter] I have an appointment.
Waiter: May I take your hat?
Keith Frazier: No, get your own.

sexta-feira, maio 05, 2006

Louco

Apostas, quem é que não faz apostas?
Algumas das apostas podem ser vistas como metas ou objectivos a atingir, outras podem ser uma vontade de procurar outras coisas e outras ainda, como o nome indica mesmo são tiros no escuro. De todas estas não sei quais é que se enquadram naquelas que últimamente procuro para mim. Acho que já apostei em muitas coisas, com diferentes perspectivas e diferentes resultados. A última das quais e que perdi claramente foi algo em que apostei alto, mudei radicalmente a minha perspectiva e joguei noutros campos. Alterei vontades, hábitos ... expus-me, coisa que quem me conhece sabe bem que não sou assim. Desde o inicio sabia perfeitamente que não iria dar nada, mas quis claramente contrariar isto tudo. Esta aposta perdi. Outras virão. Sei que agora saberei como jogar noutros campos. Saí triste porque foi muito trabalho em vão da minha parte para que conseguisse ganhar, mas saio contente por saber que fiz tudo e aprendi muito com este meu jogo.
Louco, sim porque não paro de apostar. Em coisas sempre impossíveis ou com um grau de dificuldade maior. Resta-me a minha capacidade de organização, de mentalidade, de humildade ... e de esperança para conseguir cada vez mais superar estas loucuras que coloco à minha frente. Não sou gente para ficar parado. Posso ser de poucas falas, ou com um nível de relacionamente um bocado para o tímido e algo reservado, mas cá dentro tudo gira entre longos pensamentos e idiotices minhas. A minha mente turbilha entre 'n' situações, que quero sempre mais.
Uma coisa sei é que não consigo ser "Normal". Tenho de ser "Louco". Pena que às vezes prenda a minha "Loucura" porque sou o tal tipo ... introspectivo. Precisamente aquele aspecto que equilibra a minha loucura.

A minha esperança transmite-se muitas vezes através das músicas que me acompanham o dia a dia. Hoje, do Tom Cochrane, "Life is a Highway" ... assim espero que seja, e sem grandes acidentes.

Hoje tenho mais uma grande aposta. Preciso de uma autoestrada. Preciso de ____ e ser _____, de _____, de ______ o ________, .... e ser feliz para sempre.

P.S. ... a minha loucura ou mais falta de cabeça obriga-me a continuar à procura de um kit para os dedos dos pés. Desta vez só peço para o dedo grande do pé esquerdo.

quinta-feira, maio 04, 2006

A Data

Cá está a Data ... 01:02:03, 04-05-06.

Há semanas que ando a receber um mesmo mail por causa desta data. Afinal que é que tem de mais? Já passou ... foi tudo num segundo e não aconteceu nada, precisamente nada. Como prova, cá estou eu a escrever qualquer coisa que nem eu mesmo sei do que estou a falar. É só mais uma data e nada mais. O mundo não acabou, a vida continua ... o mesmo de sempre.

Quer dizer ... para uns, é que talvez para mim esta data, não provavelmente no mesmo segundo, mas certamente no mesmo dia, ou seja 04-05-06, algo de extraordinário se vai passar. Eu sei que vai, e basta-me isso. Vai ser giro, foram várias decisões, várias pensamentos sobre pensamentos, correrias atrás de correrias, algumas dúvidas entre outras tantas certezas, e finalmente parece que vai ser em definitivo. Ou não, como diz o outro. A única certeza é que um novo desafio vai começar ... tou completamente lixado, para não dizer mesmo o termo próprio. Foi como que ... estando à beira do abismo, dei um passo em frente.
Amigos, foi bom conhecer-vos a todos.

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Há um ano atrás houve o dia 05-05-05, que por causa do um filme, foi designado de "Armagedeon Day". Nesse dia de facto houve um armagedeon que aconteceu. Foi na Holanda, ... num canto marcado da direita por Tello, bola bombeada para a área e no primeiro poste, no último minuto do prolongamento, lá estava o Miguel Garcia de cabeça a colocar a bola na baliza adversária ggggoooooooooooooooooolllllllllllllllllllllooooooooooooo .... e a colocar o Sporting na final da Taça UEFA. O resto não interessa, mas que foi um Armagedeon, isso foi.

terça-feira, maio 02, 2006

Foxy Viagens - Itália (V Pisa)

continuação de Itália IV ...

Uma das coisas que procurava em Itália era a sua gastronomia. Não estou a falar de pizzas, até porque só foi numa vez que decidi comer pizza em Itália. Eram de facto as variedades de Pastas e Anti-Pastas e vários molhos que podemos encontrar naquele país. Normalmente quando vou de viagem, a minha alimentação passa por, fazer um bom pequeno almoço e depois procuro um almoço "típico" da região por volta das 14h/15h para poder disfrutar e desgustar sem grandes confusões e pressas os pratos que me apareçam à frente. Durante o resto do dia, ando com fruta ou outros alimentos transportáveis na mochila para ir comendo ao longo dos passeios que faço. De noite, sempre numa voltinha pelas cidades com direito a conhecer a vida nocturna de cada sítio e se tiver fome termino com a fruta do dia. Então, num dos dias que estive em Florença, entrei numa daquelas tascas, com um estilo bastante típico da toscânia e com um certo charme de "aqui tomava-se uma bela vinhaça". As mesas individuais, com uma toalha aos quadrados vermelhos e brancos, e no meio uma jarra com uma flor a dar vida àquela mesa, chamava por mim. Sentei-me com permissão do empregado e comecei a escolher o que iria comer pela carta que havia na mesa. Ora bem, em Itália os pratos são costume ser primeiro uma Pasta, depois uma Anti-Pasta (ou ao contrário) e no final uma sopa. A Pasta consiste numa enorme pratada de massa e tá a andar. A Anti-Pasta consiste num prato simples de algo leve para se comer, tipo um bife com um molho especial ou uma salada (Insalata) e é só mesmo para retirar o peso da massada anterior. Decidi-me por escolher para Pasta um "Spaghetti à Bolognesa" e para Anti-Pasta qualquer coisa como uma salada de pepinos/pimentão/queijo ... parecia-me bem, e no final ainda fui à sopa. O prato de Pasta estava formidável, e a Anti-Pasta não lhe ficava atrás. Já a sopa ... era melhor mesmo esquecer ... não é porque estava cheio, era mesmo porque não me parecia que o meu estômago iria aceitar aquele tipo de "água suja". Deliciado com a refeição, excepto com a sopa no final, e satisfeito porque estava a disfrutar das minhas (para já) excelentes férias, permaneço mais um bocado na tal tasca. Como não viajo com planos e obrigatoriedade para nada, permitia-me fazer de vez em quando estas pausas. Entretanto em conversa com os empregados, depois de muito blá, blá, blá em Italiano e Inglês, depois de muita conversa deitada fora e outra mais interessante, e no meio daquela parte em que aprendemos as "fucking words" como é habitual quando alguém vai para um país estrangeiro, vira-se um deles e diz-me que é preciso ter cuidado com a palavra "Bolognese". Ora bem, foi mesmo isto que tinha acabado de comer. E para mim "Bolognese", ou era algo que fosse comestível como carne à bolonhesa que tanto apreciamos cá em Portugal, ou era algo originário da cidade de Bolonha. Mas o empregado, com um sorriso matreiro e com aquele ar de gozão, como que já esperando da minha interrogação, completa a sua afirmação dizendo que o termo "Bolognese" quando aplicado num determinado contexto, em Itália tem a conotação de "Blow Job" .... pois isso mesmo. Portanto é com cuidado que devem aplicar a respectiva palavra. Depois desta revelação, achei que já não tinha nada a fazer naquela tasca, senão por-me a andar dali pra fora. Foi isso que fiz. Dirigi-me à gelataria mais próxima para comer um gelado, já que eram 16h30, a hora que decidi, todos os dias em comer gelados sentado numa esplanada. Itália, revelou-se também como um paraíso dos gelados ... que dificuldade tinha eu em escolher os gelados que iria comer, era um fartote.
Bom, depois destes 3 dias, tinha de sair de Florença, porque senão corria o risco de ficar lá as férias todas. Tinha algumas hipóteses, ou ía para Norte (Turim/Milão) ou para Oeste (Génova) ou para Leste (Bolonha/Veneza). Nem uma nem outra, decidi-me a ir para Pisa. Apanhei um fantástico combóio, daqueles que faz um barulhão e balança por todo o lado, mas consegues apreciar a beleza de viajar de combóio por aquelas belas planícies verdejantes. Eram terras enormes, de muitos verdes, em vários tons. Vários montes com um só caminho por entre eles e sempre no cimo de cada colina, ciprestes a demarcarem com a sua altivez a beleza da toscânia. A viagem de Florença para Pisa, foi assim, de combóio e de beleza extraordinária.
Chegando a Pisa, revejo uma cidade mais pequena que Florença, mas com uma arquitectura muito semelhante. Com um mesmo rio a passar no meio da cidade, com os prédios e casas pintados com a mesma côr, com o mesmo estilo de contrução, ... enfim tudo muito igual. Parecia mesmo uma réplica de Florença, mas em tamanho pequeno. Instalei-me numa pequena pensão a cair de podre, bem barata, mas para aquilo que queria servia perfeitamente. De facto Pisa, não me parecia nada excepcional, pouco ou nada para se ver, nem para gozar ... estava desiludido. Mas eis que ali ao fundo de uma rua principal, vejo por cima das casas vejo a conhecidíssima Torre de Pisa inclinada. Que vontade de rir me deu ali no meio da rua. É que já tinha visto a torre em outras fotografias ou imagens de televisão mas ao vivo aquilo dá mesmo vontade de rir. Como é possível aquilo ter ficado assim. E à medida que me ia aproximando, cada vez mais ia ficando pasmado com aquele monumento. Muito, mas mesmo muito engraçado. Deliciei-me com aquela vista mesmo à minha frente. Fartei-me de fotografar a torre, em todos os angulos em que a conseguisse captar.
Em Itália, os Duomos ou Catedrais, são constituídos pela própria Catedral, uma Torre e um Batistério. Em Pisa, tal como em Florença, não fugia à regra. E anteriormente disse que Pisa não tinha nada interessante para se ver, mas o complexo "Duomo, Torre e Batistério" da cidade é fenomenal, digno de os apreciarem avidamente. Nesse dia passei quase toda a tarde sentado ou deitado nos relvados dos jardins do Duomo, a contemplar a torre inclinada ... e as turistas. Sem maiores confusões, no dia seguinte haveria outro destino....


P.S. Quando falei em gelados, falei daqueles que aparecem numa taça e come-se às colheradas. Não daqueles de chupar.