quarta-feira, agosto 30, 2006

Foxy-Cine "Miami-Vice"

Realmente não esperava de gostar tanto desta versão do Miami-Vice. Não se pode esperar que haja um argumento divinal que põe de rastos o comum dos mortais, mas este filme vale pela capacidade de realização. Michael Mann (o mesmo realizador da série dos anos 80), volta a realizar um novo Miami-Vice nesta época, fazendo-nos transportar para os idos anos 80. Foi assim que me senti. Para isso contribuíu a fotografia granularizada ao longo do filme. A banda sonora está excelente, com sons de Chris Corneel (ex-Soundgarden, e actual Audioslave) e grandes guitarradas a acompanhar sequências de grande intensidade, e outros sons mais leves de Moby ou Goldfrapp onde praticamente se fechava o som do filme e se deixava a música a tocar. Ao longo do filme não há diálogos fúteis, nem cenas que andam para ali a enrolar sem sentido, e nem há tantas explosões só para agradar os "pirotécnicos", o que faz que a atenção do espectador não se disperse.
Finalmente, dois grandes actores da actualidade, dão corpo ao agentes Sonny Crocket e Ricardo Tubbs, respectivamente o Colin Farrel e o Jamie Fox. Ainda queria realçar, mais uma aparição da Ana Cristina Oliveira, que lá pelos states já contracenou com vários nomes consagrados do cinema (Harrison Ford, ex.) e aqui tem uma cena com o Colin Farrel, fazendo um papel de emigrante portuguesa que trabalha num bar em Miami.

Citações:
Isabella: Time is luck.

Det. Gina Calabrese: That's not what happens. What will happen is... what will happen is I will put a round at twenty-seven hundred feet per second into the medulla at the base of your brain. And you will be dead from the neck down before your body knows it. Your finger won't even twitch. Only you get dead. So tell me, sport, do you believe that?

Det. James 'Sonny' Crockett: Where are you from?
Rita: Lisboa. Portugal.

sábado, agosto 26, 2006

E assim foi ...

Espaço em branco para imaginarem como foi o dia do pastel de nata 31.
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O dia 24 começou no dia anterior. Meu pai ía-me presentear com uma prenda da "loja dos 300" a 1 euro. A minha mãe impediu-o, contudo ainda me veio perguntar se fazia anos no dia 23 ou se era no dia 24. Meio ensonado e sem capacidade de resposta "sádica", digo-lhe a verdade.
No dia certo, o R. telefona-me a lembrar o 31 que ia arranjar. Os outros fizeram bem em NÃO telefonar.
Depois de um almoço em familia, compras no LIDL (arghhh) para passar a tarde. Depois o resto da tarde passada a limpar a casa. A tratar do relvado e ... finalmente a plantar couves. Posso dizer que já tenho couves para o bacalhau do dia 24 de Dezembro. Jantei sozinho e saí para dar uma volta. Um volta por Lisboa de carro a ouvir a Oxigénio (coisa que realmente ando a precisar), e terminei a noite no OndaJazz, sozinho numa mesa de canto a ouvir um concerto/tributo a Tom Jobim e a tomar um copo. E mais uma decisões foram tomadas, como no ano passado. Só espero que estas decisões possam ser realizadas.

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Obrigado.

quinta-feira, agosto 24, 2006

100 Posts depois ou o Dia do Pastel de Nata

Aí está ... 100 posts depois, ou 31 pastéis de nata depois, atingi (bóóiinnng) mais um marco nesta carreira.

Tudo começou um dia quando ...

"Ópa, sabia bem agora um pastelzinho de nata, hummm ... como é que agora vou fazer isto??
Ora, deixa-me cá mexer mais um bocadinho, ou dar um esticão aqui... ups, pumba!!
Psst, psssst, ... um pastel de nata aqui para baixo e ponha na conta! ...
Hummm espera, espera ... ok, deve estar quase a chegar.
[uns minutos mais tarde] ... ainda não!!! Óh faxavor, eu queria um pastel de nata, tá? Possa que está difícil passar cá para baixo um pastel de nata.
[E de repente] ... UPSS!! o qué que isto ... qu'isto está agora a mexer-se, aaaííiiii .... e já anda às voltas .... WOWOOH WWOOOHH!!!
A mim é que não me apanham, ai não ... pera lá ... o que é que estão a fazer, larguem-me as orelhas, não me toquem nas orelhas ... ups, agora estão a puxar pela cabeça, ... não, não, não, não, não, não ..... eu só quero um pastel de nata."


E assim se criou o dia do pastel de nata. Foi como o primeiro post, já estava previsto a algum tempo, e saíu quando tinha de sair. Desde essa altura, que gentes vão passando por cá, uns vão comentando "eoutos" vão escutando. Escutam e passam, provavelmente por pouco perceberem o que por aqui se passa ou então por preferirem ficar na penumbra. Ora, não fiquem na penumbra.
É um bocado como os pastéis de nata que têm passado. Alguns vão sendo para relembrar até que a memória me atraiçoe, outros vão ser para esquecer. O último, o pastel de nata número 30, passou com um sabor ... digamos que "bittersweet". Chamarei-lhe de JVM, porque sim, que variou da tristeza para a alegria, e da curta felicidade para melancolia, da ilusão se fez desilusão e no fim, decepção foi a palavra que mais sentido fez no pastel de nata número 30, mas isto fica só para mim.

Neste "meaning of life" (entitulando os grandes Monthy Python) procuro ainda descobrir o que vou cá fazendo. Não faz sentido correr kilómetros, caminhar entre montes e vales ou mesmo escrever posts uns atrás dos outros, ultrapassando todos os obstáculos, ou chegar aos 100 ... e continuar no mesmo sítio. Um caminho sem metas. O sentido que ela terá, escapa-me por entre os dedos ou então eu simplesmente não vislumbro. É ser convidado para uma festa, ficar de fora, à entrada no portão, e não se notar a ausência. Um desperdício, reprimido por aquilo que sou mesmo e por aqui não há volta a dar. Imagino um pastel de nata mal cozido e o creme a passar entre os dedos, é tal e qual. E depois apareço todo lambuzado, claro.

Os Sonhos, os que vão alimentando os pastéis de nata, vagueiam ao som de músicas, Sons de melodias impares. Sonho de existir, entre momentos de emoção, nas Amizades de punhos cerrados. Sonho de viagens por este mundo fora, encontrando a cumplicidade de um olhar que me leve a paragens das mais belas que um simples sonho pode sonhar. Sonho na felicidade de fazer sorrir um sorriso.

Chegamos aos 100 posts, parabéns a eles que me deram muito a conhecer. Parabéns também aos que vão passando por este estaminé e alimentando-o com os seus comentários. Parabéns a todos os que, tão longe ou tão perto vão acompanhando os pastéis de nata. Ao pastel de nata número 31 talvez precise ainda de mais canela e açúcar.

Por último, fica a esperança (verde!), de que o "31 Resolve".

sábado, agosto 19, 2006

Foxy Viagens - Brasil III

... continuação de Brasil II
A primeira parte da viagem estava cumprida. O capoeirando ficava para trás. Foi inesquecível, tanta Capoeira reunida num espaço magnífico e será recordado sempre.

Chegamos a Salvador da Bahia, em mais uma viagem de ônibus. Ainda raiava os primeiros raios de sol quando chegamos ao Pelourinho, onde procuramos a academia de Mestre Bamba (que já o conhecia de um dos nossos eventos de capoeira) para nos encontrarmos com ele e podermos ficar lá na academia.
A academia de Mestre Bamba, foi o espaço aonde Mestre Bimba deu as suas aulas, e quem não sabe quem foi Mestre Bimba eu depois posso-vos explicar. Aquele espaço tem uma aura espectacular. Era um edificio de 2 pisos, em que no segundo havia uma sala enorme aonde se dá o treino e fazem-se as rodas de capoeira. Aquelas paredes já têm muito para contar e quem me dera que um dia elas pudessem escrever a história daquele espaço, seria um enorme prazer saber o que se passou noutros tempos naquela sala.

Acabamos por ficar alguns dias na academia de Mestre Bamba e aproveitar para conhecer a cidade de Salvador. Nestes dias, acordava na academia, treinava na academia, voltava a treinar na academia e ...visitava a cidade. A cidade tem muita coisa para ver e visitar, conhecer a vida que os baianos levam, ver a sua cultura e apreciar aquele sol, é bastante bom. Nestas visitas, nem todas foram com o Marco. Certo dia, resolvi descer pelo Elevador Lacerda até à baixa e ir ao Mercado Modelo. O Elevador Lacerda, aonde por dia passam milhares de pessoas, leva-as da parte alta para a baixa de Salvador. Então acabei por fazer esse trajecto, quando me apercebo que no elevador estão lá dois tipos armados e com a arma bem visivel "escondida" nas calças. Só tinha mesmo vontade de o Elevador descer o mais depressa possível e sair dali de fininho. Foi o que aconteceu, nem olhei para trás.

Um dos momentos mais marcantes nesta viagem pelo Brasil, foi quando visitei com o Marco o Forte de Santo António, aonde um grande mestre e discipulo de Mestre Pastinha ensina a sua Capoeira, seu nome Mestre João Pequeno. Nesse dia ele não estava lá, e fomos recebidos por seus alunos. O Forte de Santo António, é um local meio que abandonado e com um enorme mistério. Parece que aquele local, era usado antigamente para guardar os escravos que chegavam vindos de África, e se não estiver correcto, então estou a confundir com outra coisa, mas para dar a entender, era um local com mística. Foi lá que jogamos uma Capoeira Angola de arrepiar e ficar com pele de galinha. O ambiente que aquela roda tinha, a força daqueles sons característicos de Berimbau e Atabaque que enchiam a pequena sala, impelia-nos quase a entrar em transe. De entre muitas experiências que tive enquanto praticante de capoeira, esta foi das maiores. Talvez um dia possa lá voltar, só para voltar a ter essas sensações novamente.
Salvador era isto mesmo, o Pelourinho, a Capoeira, as Baianas a vender na rua, a praia, e como em Itália às 16h30 tomava um gelado, aqui em Salvador às 16h30 tomava um guaraná bem geladinho, e como sabia bem.
Durante a estadia na Bahia, continuavam os preparativos do Carnaval, aonde vimos os ensaios de Olodum, ... e que festa caramba. Aquele povo não pára nesta época. Estes ensaios duraram quase toda a semana em que estive por lá, e num desses dias, à noite, encontramos Mestre Gato e Mestre Acordeon e acabamos por ficar na conversa com eles numa esplanada do pelourinho.
O meu último dia por lá, foi um dia já de saudades daquele ambiente, gostei imenso e tinha pouca vontade de sair de lá. Mas não saí de lá sem participar na última roda do dia na academia de Mestre Bamba, e foi sair da roda directamente para o Aeroporto. O Marco e Mestre Bamba acompanharam-me até lá, e ajudaram a embarcar o material que tinhamos comprado para o grupo. Na despedida escutei os conselhos de Mestre Bamba, que ainda hoje os retenho, e com um sentimento de nostalgia vi-me novamente dentro do avião a caminho de cá.
Ao chegar com tanta coisa que trazia, acabei por ser levado para a alfândega do aeroporto a fim de verificarem o que eu transportava. Não poderia ter de maneira nenhuma uma viagem calma.

No fim disto tudo, tenho de agradecer a hospitalidade de Mestre Bamba em deixar-nos permanecer na academia dele e dos belos almoços de feijão com arroz que me proporcionava. Aos seus conselhos sábios, também são recordados por mim. Os agradecimentos estendem-se à Dona Áurea, a mãe do Marco, que teve a amabilidade de receber em sua casa e pelos belos pequenos-almoços. Às gentes que por lá conheci, espero um dia voltar a encontrá-los. E por fim, ao meu Mestre, o facto de me ter aturado nesta viagem e me ter proporcionado uma visão daquilo que procurava na Capoeira. Sinto que foi uma grande valia ter o Marco como companheiro de viagem e por certo que nunca esquecerei. O meu obrigado vai sendo retribuído (espero...) ao longo destes anos e também nos próximos. Apesar de o meu caminho na capoeira não ser tão intenso como nós gostaríamos, vai sendo sempre vivido da forma mais sincera e absoluta.

Curiosidade: O próximo destino, será Marrocos com travessia pelo Atlas a pé. E hoje dia 19 de Agosto, há precisamente 4 anos atrás, cumpri um facto inolvidável. Fui a primeira pessoa a chegar ao segundo ponto mais alto de África, o Toubkal (4160mt). Em breve os relatos.

quarta-feira, agosto 16, 2006

A minha revolução

Por todos estes anos e que foram bastante árduos, reconheço a felicidade de ter aprendido muito.
Neste mês, por este dia, entrava por entre portas de ferro com um nervoso miudinho, transportando-me na esperança de vir a ter uma vida estável, e consciente de que as coisas não caiem do céu nem nascem feitas, procurava um caminho recto sem grandes percalços. Sentia que queria mudar o mundo, queria ajudar quem mais necessitava, queria fazer coisas que outros não queriam, enfim queria ser diferente. Durante 5 anos trabalhei para isso, reconheço que nem sempre com o maior mérito, mas acreditando que com o conhecimento adquirido resolveria muitas situações que pensava poder resolver.
Hoje percebo que as revoluções que sonhava continuam em sonhos intermináveis, o conhecimento adquirido por si só não é o suficiente para mudar mentalidades, nem mudar as pessoas. Foi nelas que encontrei as más e as boas. Das más que desiludiram-me e iludiram-me, e das boas com quem aprendi imenso, no carácter, no sentido de liderança, no sentido de responsabilidade e na forma de transmitir conhecimentos.
Sem ter ganho riqueza material, passados estes anos todos virei a cara a muita coisa, procurei sim, o conhecimento e a amizade de grandes colegas que tenho orgulho de ter. Sinto ser esta a riqueza, a maior que tenho, mas que ainda não me completa de todo.
À 7 anos atrás, entrava, e à 6 anos atrás neste mesmo dia, saía na busca de mais coisas.
Hoje, sei que a vida dá muitas voltas, já gostei e já desgostei, e sei que não quero terminar sem fazer novas coisas. Há dias que me sinto um perfeito Idiota. Os sonhos são para se sonharem.


Quotes:
"O Conhecimento é uma questão de Ciência. Não requer desonestidade nem presunção. Admite apenas o contrário, a honestidade e humildade."

PI =~ "How I Want a Drink, alcoholic of course after the heavy lectures envolving quantum mechanics ...."

segunda-feira, agosto 14, 2006

O Mundo que temos ...

Tenho passados os últimos tempos sem ouvir as noticias no telejornal. Sei que existe uma guerra entre Israelitas e Libaneses. Não sei quem são os bons nem os maus, aliás em qualquer guerra não quero nem ninguém deveria saber quem são os bons e os maus. Normalmente se os bons existem, deixam de existir e os maus se existiam também não valia a pena existirem. Mas hoje e talvez sem querer vi o inicio do telejornal e fiquei feliz com a notícia de que a Onu impôs um cessar-fogo para às tantas horas do dia de hoje. Excelente noticia, pensei, e lá fiquei preso ao écran a ouvir o resto. No entanto, sobre esta noticia sucedia outra, que eu nem queria acreditar que pudesse estar a acontecer. O José Rodrigues dos Santos, um excelente jornalista diga-se de passagem, noticía que os Israelitas intensificaram os ataques a cidades Libanesas. Então depois de um cessar-fogo (ok, é imposto, mas mesmo assim ...) as tropas resolvem ainda bombardear mais do que haviam bombardeado? E para cúmulo, num daqueles directos que fazem em tempo de guerra, o repórter da rtp, vem dizer que os Israelitas enviaram papeis a avisarem que os bombardeamentos vão ter alvo X cidades e avisar para as pessoas sairem de lá. Cá para mim, aconteceu que os camandros tinham para lá uma quantidade enorme de explosivos e bombas e não sabiam o que fazer com aquilo, então resolveram despacha-las a todo o custo. Tipo, "Então agora com o cessar-fogo, o que é que eu faço a esta artilharia toda, hein??" "Bom se calhar o melhor é despachar tudo de uma vez, e pode ser que conte para o IRS."
Eu acho que num cessar-fogo, as tropas deviam mas é começar a arrumar a tralha e começar a pensar em ir para casa. Se calhar ainda vão continuar a disparar até aos 5.59,59 seg. Quando chegar às 6.00,00 pára tudo. Imaginem agora, se alguém tem o relógio atrasado, quando chega à hora do cessar-fogo, um dos lados deixa de atirar e o outro continua. É claro que o outro não vai achar graça nenhuma e é claro que também não irá ficar atrás, e depois volta tudo ao mesmo.

As guerras de hoje em dia deveriam ser como antigamente. Iam todos (os que se queriam matar) para um campo de batalha e prontos chacinavam-se uns aos outros e a coisa era lá entre eles. E depois no fim arrumavam as coisas e voltavam para casa. Isto de estar a mandar mísseis de um lado para outro e ver o que acontece, não sabendo aonde vão cair é uma desonestidade e falta de tomates do caraças. Parecem uns meninos, com medo de irem lutar cara-a-cara, sinceramente!



Já agora, vai haver mesmo um cessar-fogo hoje? É que não parece ...

Apesar disto tudo, uma das coisas que às vezes penso é um dia estar num cenário de guerra, num daqueles ambientes hostis, e ver com os meus olhos a decadência do ser Humano. Mas que raio estou eu a falar .... este comentário é para esquecer.

sábado, agosto 12, 2006

Foxy Viagens - Brasil (II)

... continuação de Brasil I
Acordei no dia seguinte na casa do Marco, dona Áurea preparou-me um pequeno-almoção divinal, cheio de frutas e sumos variados, um queijo muito bom que não conhecia e tudo o que mais se possa imaginar. Já conhecia muitas frutas, mas lá descobri outras ainda e também bastante saborosas, não me posso esquecer da carambola (que pelo nome só conheço de um doce indiano), da acerola, e do mamão que basicamente é a papaia mas em tamanho gigante.
A partir desta data, se calhar por esta influência, os meus pequenos almoços passaram a ser quase 100% fruta. Uma ou duas peças, quando não são três e já tenho o pequeno almoço feito. Gosto imenso e sabe muito bem, então em dias de treinos não há melhor.

Os primeiros dias fiquei em Barra de Jangada, Recife portanto. Treinei com o Xié e fiz fotos com o Marco. Nesse local, que é um lugar paradísiaco, havia e ainda há uma ilha que se pode chegar a nado ou de barco dos pescadores, e mais ninguém além dos habitantes de barra de jangada aparecem por lá. Ou seja consegue-se ter uma praia paradisíaca e kilómetros de areia branca e fina só para nós, excelente. Em Recife, com o Marco fomos às compras de material de capoeira e de acessórios para os nossos festivais. Compramos desde instrumentos musicais até guarda-roupa. Depois ainda fomos ver ensaios de várias escolas de danças para as festividades carnavaleiras da região. Vimos ensaios de Maracátu, Frevo e estivemos em preparações de cortejos pelas ruas de Olinda.

Olinda é uma cidade perto de Recife e que tem uma história muito interessante da ocupação dos portugueses e penso que também de holandeses por lá. Além disso é bastante bonita, e quem não foi a Recife, se um dia passar por lá tem que ir a Olinda e visitar a cidade.

Como disse estavamos em Janeiro, muito perto do Carnaval por isso era fácil encontrar vários locais de ensaios de Carnaval. Ainda em Olinda demos de caras com o ensaio de um cortejo numa travessa conhecida como a Travessa dos Quatro Cantos. Montes de gente a passar por lá em ritmo festivo e muita alegria e já agora também muita confusão, como é normal naquele povo. Foi uma tarde e noite sempre a curtir aquela alegria e tanta gente que se chegava e depois desaparecia para depois voltarem ainda mais felizes, muita sede e bebida a jorrar pelas goelas, enfim muita diversão. Ainda em Olinda experimentei uma coisa chamada licor de Índio, acho que era esse o nome. Bem bom...

Depois e para acabar num dos dias fomos para um forrózinho, com uns amigos que facilmente se fazem por lá. E só posso dizer ..... Uuuuuuuuuuuuíííííííííiiiiiii .........

Depois de passada esta euforia, eu e o Marco seguimos viagem para Ilhéus, onde iriamos participar num evento de capoeira. E lá fomos, mochila nas costas e montes de vontade em nos juntarmos a grandes Mestres de Capoeira e a muita, mas muita gente que lá ia estar, de toda a parte do globo. Apanhamos o ônibus de Recife para Ilhéus-Itacaré. Foi uma noite de viagem, saímos ao final da tarde de um dia e chegamos ao inicio da manhã de outro. Ao chegarmos a Ilhéus, tivemos que apanhar outro ônibus para Itacaré, que era nessa cidadezinha que ia haver o evento. Era um sitio (mais um) paradísiaco, com muito verde da flora existente, com grandes paisagens a contemplar a beleza daquela terra. Chegamos a Itacaré e fomos caminhando para o local do evento, que basicamente era numa praia com montes de coqueiros, e que só mesmo em sonhos podemos encontrar. Era ainda mais uma daquelas praias que ninguém lá põe os pés, e ainda bem. Lá estavamos, inserido dentro de uma "comunidade" capoeirista, onde encontrei pessoas desde a América até a Japoneses, passando por Dinamarqueses. Encontrei também alguns mestres conhecidos, como Mestre Gato, e inclusivé um deles se lembrou de mim, esse grande senhor, Mestre Ramos. Reconheci outros mestres de revistas e fotos também bastantes conhecidos no mundo da capoeira, tais como Mestre Acordeon, Mestre Suassuna, Mestre Jogo-de-Dentro, Mestre Itapoã entre outros. Como não estava inserido em nenhum grupo, tive o prazer de me juntar algumas vezes à mesa com alguns destes Mestres mais o Marco e participar (ouvindo e aprendendo) de suas discussões sobre o universo da capoeira. Uma das conversas, nunca me hei-de esquecer, foi quando o Mestre Itapoã, interpelou o Marco sobre o simbolo do nosso grupo ser muito parecido com o simbolo do grupo dele. Foi quase 2 horas (ou mais) a falar disso, e com uns mestres a favor e outros contra a aquecer a discussão. A aulas de capoeira também foram bastante interessantes, onde deu para "olhar" e "sentir" o que é isto de jogar capoeira e estar inserido neste meio. Nos últimos dias encontrei o Aranha, um tipo que mais tarde voltei a encontrar cá em Portugal. Foram cerca de 5 dias assim, treinar, jogar, conversar e dormir sobre capoeira.
Seguimos depois para Salvador da Bahia.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Non c'è ...

Non c'è... che il veleno di te sul cuore.
Non c'è... via d'uscita per questo amore.
Non c'è... non c'è vita per me, più.

Non c'è cosa è di qui, ma oggi è uno di quei giorni da ricordarsi di per sempre. Non so che cosa è errato e potrebbe essere tali belli. Ero sognare giusto di qualcuno. Amore. In una cellula della prigione del mio cuore, quel racconto potrebbe non andato mai dalle memorie. Una vita è abbastanza, una passione che è quello unico di che l'ultima anima ha bisogno. Il racconto è andato ed oggi li desidero ma non conosco come.

Non c'è... non c'è.
Non c'è... non c'è.

domingo, agosto 06, 2006

Esquissos & Esboços III

De noites anteriores (novamente em pastel) ...

sábado, agosto 05, 2006

Planos III

O seguinte:
- Mesa, de madeira, comprida, de estilo rústico ou velha.
- Bancos compridos a fazer conjunto com a mesa, de madeira.
- Bancos com altura 70-75 cm, rotativos mas não deslizantes (sem rodas).
- Frigorífico ... a minha ignorância é revelada agora. Será que um Combinado dá jeito? Para que eu quero um Combinado.
- Estante com boa capacidade de arrumação.
- Candeeiro flexível e de luzes frias e florescentes, de modo a não provocar sombra.

De planos II, alguma parte da relva já tá bem enraizada, notando-se bem o verdinho, e agora espero um dia destes para lhe deitar adubo amarelo, ou lá o que aquilo seja, desde que a faça crescer com a pica toda, tudo bem.

terça-feira, agosto 01, 2006

Entre outros mundos

Mariana, rapariga que na sua época vivia como prostituta no Botequim da Rosa e grávida do Conde de Unhão, suícidou-se pensado que ele seria o seu pai. Mas não, o seu pai era o rei D. José I.
Obrigado M. Nunca pensei que pudesse ter gostado tanto.