domingo, dezembro 31, 2006

Counting down 'til 2007

* Chinese (Cantonese) - Sun nien fai lok
* Chinese (Mandarin) - Xin nian yu kuai
* Danish - Godt Nytår
* Dutch - Gelukkig nieuwjaar
* Farsi - Aide shoma mobarak
* French - Bonne année
* Gaelic - Aith-bhliain Fe Nhaise Dhuit
* German - Gutes Neues Jahr
* Hawaiian - Hauoli Makahiki Hou
* Hebrew - Shanah tovah
* Hindi (Indian) - Nav Varsh Ki Badhaai/ Naya Saal Mubarak Ho
* Hmong - Nyob zoo xyoo tshiab
* Indonesian - Elamat Tahun Baru
* Italian - Buon Capo d'Anno
* Japanese - Akemashite Omedetou Gozaimasu
* Norwegian - Godt Nyttår
* Pilipino (Tagalog) - Maligayang Bagong Taon
* Polish - Szczesliwego Nowego roku
* Romanian - La Multi Ani
* Russian - S Novym Godom
* Spanish - Feliz Año Nuevo
* Sudanese - Wilujeng Tahun Baru
* Swedish - Gott Nytt År
* Turkish - Yeni Yiliniz Kutlu Olsun
* Welsh - Blwyddyn Newydd Dda

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Foxy-Cine "Deja Vu"

Uma das questões que me lembro é sobre a possibilidade de existirem universos paralelos. Se eles existirem como é que funcionariam, e porquê da razão de existirem outro universos? E o nosso universo é o quê? Uma réplica ou original? E será que os universos paralelos são a resposta para inúmeras questões (as questões dos "ses") que irão permanecer sem resposta? Serão os universos paralelos sempre paralelos ou alguma vez poderão cruzar-se com outros universos?

Se por hipótese, considerarmos a existência de outros universos paralelos, poderemos ter que colocar em causa, em algum modo, os conceitos sobre a teoria da relatividade, e física ou mecânica quântica. Mas supondo que estes conceitos são válidos no nosso universo, e pressupondo que os outros universos se regem sob as mesmas ordens que o "nosso" universo, então assumo que as teorias da relatividade e da fisica/mecânica quântica são também válidos nos universos paralelos.
Garantindo este pressuposto, a possibilidade de saltar de um universo para outro poderia ser bem possível desde que no nosso universo consigamos encontrar um meio que nos permitisse essa proeza. Sendo a matéria a composição destes universos e considerando que a energia não será sempre a mesma em todo o universo, qualquer ele que seja, então provavelmente haverá um ponto de cada universo, definido como (uma posição, um momento, e energia) em que esse buraco, do género de uma backdoor, tornaria possível a passagem entre universos.

Já houve muitos que escreveram sobre teorias de multiuniversos, que tentaram explicações para os possíveis backdoors existentes em cada universo, mas que até ninguém ainda conseguiu provar nada. Quer em termos científicos ou em puras fantasias já foram abordados estes assuntos. Philip K. Dick, ou Douglas Adams, este de um modo mais humorístico, em seus livros escrevem nesta possibilidade. Também J.R.R. Tolkien no Senhor dos Anéis, confronta-nos com um universo da Terra Média paralelo ao nosso e ainda no campo da fantasia o universo de Nárnia é um perfeito exemplo de como saltar de um lado para outro, deixando todos estes autores a possibilidade da existência de outros mundos.

Dejá Vu, aborda este assunto, mas de um modo em que ao próprio universo existem outros paralelos, mas com o mesmo contexto, podendo ao mesmo universo ser retomado por si próprio, em pontos diferentes. Imaginando um linha de cozer, continua e sem fim, seria possível criar um nó em que dois pontos dessa linha coincidissem, de maneira que possamos saltar dentro do mesmo universo, mas para um espaço temporal diferente. É complicado perceber isto, até porque não temos consciência da influência de que certas acções que tomamos num espaço temporal tenham efeitos noutros espaços temporais.
Dejá Vu, é um filme que faz lembrar um "Minority Report" (também escrito por Philip K. Dick) no nosso presente mas ao contrário, pela possibilidade de podermos prever os acontecimentos, mas também faz lembrar um "Regresso ao Futuro" onde viajamos no tempo por uma cápsula temporal que requer enormes quantidades de energia para esta "teletransportação".
Dejá Vu, tem dois actores magníficos, e a Hale Berry (é? não é?) sempre bonita de se ver.
Dejá Vu, acaba como um puzzle temporal, em que todas as peças acabam por se encaixar, mas podiam muito bem não se encaixar e a resposta aos "ses" ficariam novamente sem resposta. Daí que será que os universos paralelos são sempre paralelos ou alguma vez poderão cruzar-se com outros universos (subtil dejá vu), de maneira que as respostas aos "ses" seriam respondidas?

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Balanço 2006

Não chegamos ainda ao último dia do ano, mas dúvido que aconteça algo que mude o balanço deste ano.
Ao longo de 2006 houve muita coisa que aconteceu, boas e más, curiosas e complicadas, e que sinceramente não sei se foi um ano bom ou mau. Uma das coisas curiosas que surgiu, foi este estaminé. Sou uma pessoa fechada e reservada, que pouco ou nada sabem de mim, e contudo ando para aqui a escrever como se fosse um escritor inveterado (independentemente de escrever bem ou mal) sobre as minhas ilusões, aventuras e desilusões, abrindo o meu livro a toda a gente que aqui aparece. Depois ainda, nunca pensei, que escrever pudesse ser interessante, porque jamais liguei à escrita. Os meus pensamentos variavam entre números, ciências e desenhos ... enfim são as voltas que o mundo dá.
Serviu este estaminé então, com a insistência do grande amigo Bazuca, para deixar registado o que foi acontecendo durante o ano. Alguns textos foram marcantes, assim como os comentários que foram aparecendo, e também por terem aparecido novos "amigos internautas". Desde já o meu obrigado.

Quanto ao balanço, foi um ano a começar em grande, com um nevão em Lisboa. E eu que nunca tinha visto neve à minha frente .. foi o Janeiro.
Depois em Fevereiro, comecei a perceber o que queria fazer com este blog. E assim resolvi começar a contar as minhas aventuras de viagens e também a fazer as minhas "reviews" sobre cinema. Armei-me em contador de relatos de viagem e crítico de cinema. Tenho gostado imenso. Outro facto marcante foi ter aparecido por cá uma miúda que (des)conhecia de outras paragens e que infelizmente desapareceu mais tarde, pena a minha. Escrevi também um dos textos que mais gostei de postar ... foi o "E acabou..."
Março, foi o mês que apresentei o Foxy, na minha primeira BD, no post "A primeira tentativa". Foi quando também começaram a surgir algumas ameaças ... mas sem efeito. Março foi também marcante com o fim-de-semana mais louco deste ano. Em conjunto com o casal B&B e o K. fomos por entre serra acima e serra abaixo, almoçar no Folgosinho e descer o Rio Paiva, "Fim de semana de tédio".
Em Abril, eu esperava que a primavera me trouxesse boas novidades, mas ela passou mesmo ao lado. Foi o mês que escrevi os melhores textos daqui, intitulados como "Elementos da vida ... " e " ... elementos da Natureza". Não sei aonde fui buscar a inspiração, mas representam muito para mim. Mostrei também nesta altura, uma das minhas paixões, o desenho.
Maio, foi um mês fulcral em termos de vida. Escritura da casa feita neste mês e corda na garganta para toda a vida. Também descobri uma coisa muito interessante e demoníaca em mim no post "E eu???" (Deu-me gozo fazer o meu ambigrama e descobrir o meu anagrama)
Em Junho, as águas estavam a mudar sem eu saber. Devia ser por causa do Verão que vinha aí, e o post de esperança que foi o "Coisas boas".
Julho, o mês daquele calor, do Mundial, de ver as férias a andar para trás, de poeta (post berimbau vem ajudar) e ... de noites longas (que davam comigo em doido).
Em Agosto, o meu mês. Tristemente só. Um dia de pastel de nata, sozinho num concerto de um bar, é a recordação que me fica dos 31. Mas foi nesta altura que percebi o que queria. Registo para outro momento alto do ano, terem-me apresentado um outro mundo (post "Entre outros mundos")
Em Setembro, foi o mês mais dificil de suportar. Doente fiquei por ter feito trapalhada, mas tinha de ser assim M. em "Miss Iceberg". Foi o mês aonde vi os grande Pearl Jam, no concerto do ano, e também aonde apareceu não sei bem de onde mais uma miúda a comentar assiduamente aqui.
Outubro, em recuperação de Setembro com alguns pensamentos a virem para cima em "Thoughts" e em "Tempo de" ... mas o que me apetecia era mesmo "Chocolate com Morangos". Depois mais uma visitante (de quem eu já lia no blog dela algumas coisas) apareceu por cá regularmente.
Novembro, a minha ilusão transmitia-se por olhos ("Olhos de Mel"), textos ("Ilusão") e cinema ("O Ilusionista")
Dezembro, é para esquecer mesmo.

E assim foi o meu ano, contado por este estaminé.

segunda-feira, dezembro 25, 2006

Foxy Viagens - Escandinávia (X)

... continuação de Escandinávia (IX) .

A caminho da esquadra, pensava comigo que mais me podia acontecer. Estava a ser uma viagem para esquecer, ou não... Na esquadra, cumprindo com as formalidades, e conversando com os policias acalmei-me, senti que agora as coisas não podiam piorar. De facto os tipos foram impecáveis e informaram-me como tinha de proceder e deram-me as ajudas possíveis. Entregaram um documento que me identificava como um indivíduo pertencente à comunidade europeia para poder voltar para Lisboa, e foram-me dizendo que dificilmente iria recuperar os meus documentos e que normalmente este tipo de situações não acontece tão frequentemente, mas que surgem casos de vez em quando. A seguir, depois de sair da esquadra tinha que avisar cá em Lisboa o que me aconteceu. É claro que para avisar à minha mãe que tinha sido assaltado num país estrangeiro e ficado sem os documentos, corria o risco de a fazer pensar que tinha levado uma grande surra e que estava todo partido e ... mais tudo do pior. Portanto o telefonema teve que ser o mais calmo possível, e parece-me que correu bem. Depois de mais esta questão resolvida, só tinha no bolso uns trocos que não davam para comer, nem hoje nem no dia seguinte. Ia passar fome até entrar no avião!! ... pensava eu. Acabei a tarde a procurar um bar-pub para ir ver a bola, pois se ainda se lembram, começava o Euro2004 e Portugal jogava com a Grécia. Cheguei a um já conhecido e procurei um lugar para me sentar. Nessa altura a empregada pergunta-me o que quero ... bom acabei-lhe por contar a minha história desse dia e no fim perguntei-lhe se podia ficar a ver a bola. Ela possivelmente achou que não valia a pena contar uma história tão grande para só ver a bola, ou pensou "coitadinho" ... e então ofereceu-me uma bebida e fiquei a ver o jogo no bar. É claro que neste dia que estava a correr tudo mal, o jogo também tinha de correr também mal ... Portugal acabava de perder com os gregos. Depois do jogo, e como estava combinado, encontrei-me com a minha irmã. Obviamente ela já sabia da história, porque estas noticias correm depressa e lá tive que contar a história toda com os pormenores todos, o que para ela era como se lhe tivessem a contar uma comédia. Acabamos por jantar num restaurante (com ela a pagar, claro) e a visitar o local do "crime".

"Excluído da lista de passageiros"

No dia seguinte, voltava eu para Lisboa. Desta vez, em vez de fazer escala em Madrid, faria escala em Barcelona e tinha de esperar pouco tempo até apanhar o avião para Lisboa. Saío do Sleep-In-Heaven, cedo para ir nas calmas para o aeroporto e revejo-me a percorrer as ruas de Copenhaga novamente, uma última vez e a lembrar-me de tudo o que me tinha acontecido nesta viagem. Foi de facto uma viagem inesquecível em todos os níveis. Gostei muito de conhecer este país e este tipo de cultura e sociabilidade. As pessoas são diferentes de nós, são pessoas com um nível de vida bastante mais organizado e que muito prezo. Demonstram que não vivem só focados no trabalho, e era frequente ver depois das 17h os locais públicos a encherem-se, para todos se divertirem e durante toda a semana, e no entanto são dos países mais produtivos a nível europeu. Gostava de estar lá uns tempos.
Chegado ao aeroporto, fui tratar de fazer o check-in. Entreguei o bilhete, e expliquei o que me tinha acontecido, apresentando o documento que me deram na policia. Eles lá fizeram as caras feias que todos conhecemos e acabaram por aceitar a situação. Pensei eu, bem até está a correr bem, pudera com tantos azares não podia correr mais nada mal. Puro engano. Como sabem quando os azares vêm, nunca vêm só ... ou seja vêm todos ao mesmo tempo. O tipo que fazia o meu check-in acabava de me informar que o meu nome não constava da lista de passageiros. Aqui já não sabia se me ria, se chorava, se gritava ou se atirava-me para o chão a rebolar. Voltei novamente a apresentar-lhe o bilhete de avião e a dizer que tinha de voltar para Lisboa nesse dia. E ele lá foi falar com a sua supervisão e passado 30 minutos dos mais angustiantes que já tive em toda a minha vida, ele chegou-me com a noticia que conseguiram arranjar um lugar no avião. É nem que fosse no porão eu vinha para Lisboa nesse dia. Depois de mais um problema resolvido, esperei até ser a hora de entrar para o avião. Para evitar mais qualquer problema, avanço para ser dos primeiros a entrar no avião. Na altura que apresento o bilhete a hospedeira, muito calmamente e simpaticamente diz-me para esperar ao seu lado até que ela me chamasse. Esperei, esperei, esperei ... e quando todos os passageiros entraram no avião ela chama-me ... para entrar. Era desta que, se eu não embarcasse apareceria no telejornal como o tipo que criou um pânico no aeroporto de Copenhaga. Acabei por me sentar num lugar na última fila do avião e todo encolhido porque o lugar, pequeno como tudo, não era usual ser usado por mais ninguém.
Matei a fome e cheguei a Barcelona. Lembro-me perfeitamente do temporal que nesse dia abatia sobre a cidade. Era lindo ver Barcelona do ar a ser fustigada por um temporal. Bom nem tudo era lindo, porque estar um avião sentado num lugar apertado e prestes a aterrar naquele momento não era lá muito agradável. Mas correu tudo bem. Aterragem perfeita e a bela Barcelona que eu punha os pés pela primeira vez, apesar de ser só no aeroporto já ficava entusiasmado para voltar cá um dia. É este o mote para a próxima viagem, Barcelona.
Aqui tinha de fazer novamente o check-in. A história de Copenhaga acontecia de novo. Lá me diziam que não fazia parte da lista de passageiros, mas que conseguiam resolver o assunto. Aqui ainda pensei que o documento que trazia podia complicar as coisas porque, só me apercebi nesta altura que ele estava todo escrito em Dinamarquês e não em Inglês como devia ser o mais óbvio, e sabendo como são os espanhóis, muito nacionalistas e pouco dados a terem contacto com outra lingua pensava que se não me perguntassem não o mostrava. Acabei por não o mostrar. Tive novamente a sorte de não haver problemas por não estar na lista de passageiros. A entrada para o avião foi um Dejá Vu (NOTA: ... o próximo filme a ver esta semana!!!) do que se passou em Copenhaga. A hospedeira a pedir para esperar e eu a ver os passageiros a entrarem no avião. Por último entrei eu, mas desta vez foi para a cabine de 1º classe. Eu um tipo que acabava umas férias com todos os azares possíveis, com situações bastantes desagradáveis, com uma barba de 8 dias que mais parecia um drogado, chegava a lisboa no avião em primeira classe, e com todas as mordomias.
Era o terminar em grande desta grande viagem, que tive o prazer de contar. Talvez tivessem ficado algumas coisas para contar, mas do que me lembro-me e foi muito, do que se passou em Junho 2004 está tudo aqui. Quero dizer que com esta viagem a minha vontade de viajar tornou-se ainda maior. Sinto uma enorme vontade de correr este mundo e partilhar a mesma vontade. Infelizmente há sonhos mais dificeis de concretizar, e outros que não dependem só de mim.



No dia seguinte a minha irmã visitou a loja do alçapão. Imagino o seguinte diálogo:
N. - (a minha irmã a olhar para o buraco)
Empregada gira - Once, a guy fall down this hole.
N. - Oh... yes i know.
Eg. - Do you??!?!!
N. - Sure .. he is my brother!
Eg. - !!!!!!!

domingo, dezembro 24, 2006

...

Como que enganado por tudo ...
... e enganado por mim mesmo.








(Triste)

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Vontade ...

... ZERO.
Nenhuma, ... ZERO.


Só mesmo aquele Abraço. Teu.

domingo, dezembro 17, 2006

Foxy Viagens - Escandinávia (IX)

... continuação de Escandinávia VIII .

Dia 12 de Junho. Era o dia que em Portugal começava o Euro2004 e que a selecção jogava no estádio do Dragão o primeiro jogo da competição com a Grécia. Imagino que nesse dia, o país inteiro ansiava por este momento e que se faziam já algumas concentrações de apoio à selecção. Ora na Dinamarca, apesar de longe, também já se sentia um ambiente de festa e de espírito futebolístico. Todos os cafés, bares e restaurantes propagandeavam o início do campeonato europeu e já se organizavam tabelas de entradas para quem quisesse ver os jogos. Nesse dia, comecei com as minhas voltas na baixa, ruas que já conhecia por lá ter passados algumas vezes.

Em Copenhaga, como em todas as outras cidades europeias que já conheci, há sempre uma rua muito movimentada onde vários artistas se arrumam e executam os malabarismos e números de circo que têm preparados para divertir os turístas que por lá passam e também para ganharem os seus trocos. Nesta rua, por onde passava, havia bastantes destes artistas, e em alguns deles parei para ver e filmar o espectáculo. No final dos espectáculos retribuí-lhes com uma compensação devida.
Nesta viagem andava sempre com a minha máquina fotográfica e era a primeira vez que levava a máquina de filmar. Para andar com estes dois aparelhos, tinha uma mala a tira colo que conseguia guardar as duas máquinas facilmente e sem atrapalhação. Era uma mala que tinha também uma bolsa onde podia guardar a carteira facilmente e sentir sempre que ela estava na mala, pois o volume que fazia tinha, quase sempre a certeza da sua presença na mala.

Neste dia, curiosamente, também a minha irmã chegava a Copenhaga para ir a uma conferência qualquer, e estava combinado ir ter com ela ao fim do dia no hotel onde ela iria estar.

"O Roubo"

Comecei então com as compras de presentes, onde descobri algumas coisas interessantes para oferecer e outras que queria para mim e os últimos dinheiros iam-se gastando. Por fim, e nas últimas compras entrei numa loja que nem estava muito cheia. Enquanto escolhia o que ia levar de lembrança, dois tipos altos e gordos com bonés referentes à sua selecção nacional entram na loja e começam também a procurar algo. Reparei nisso porque ficaram cada um ao meu lado. Depois de escolhidos os presentes, dirijo ao balcão, onde uma rapariga gira de olhos verdes e sorriso fácil me atende. Pago o que tenho a dever e arrumo as coisas na mala e a carteira na tal bolsa da mala e dirijo-me à saída. Nestas lojas a saída é normalmente estreita para permitir sair uma pessoa de cada vez e assim poderem detectar o roubo de coisas da loja mais facilmente. Nesta altura os dois tipos colocam-se, um à minha frente e o outro atrás e no momento que vou a sair o da frente pára, e o de trás empurra-me contra o da frente. De repente sinto uma sandwich de dois dinamarqueses e dou um ligeiro empurrão ao da frente, que para meu espanto, começa a gritar e a agitar-se todos fazendo uma festa, como se tivesse a comemorar qualquer coisa. Achei estranho aquela situação e não liguei muito. Queria era sair dali e ir comer qualquer coisa porque já estava na hora. Assim que saio da loja e ando uns 5 metros, levo a mão à mala e não sinto o volume da carteira. Apercebo-me que ela não está na mala. Estava tudo menos a carteira. Por momentos, e ainda sem se apoderar de mim aquele sentimento de desespero, dirijo-me rapidamente à loja para num último momento de esperança encontrar a carteira em cima do balcão e ficar aliviado deste mau auguro. Quando chego ao balcão da loja, pergunto à moça gira se não viu a minha carteira e ela diz-me que não. Fiquei completamente de rastos. Faço um flash-back à minha memória para perceber aonde a tinha deixado e lembro-me da diversão que os dois tipos me fizeram à saída da loja e sentido que foram eles que me roubaram a carteira, peço autorização para deixar a minha mala na loja (atrás do balcão) e saio a correr para ir atrás dos tipos para ver se os apanhava. Lembrava-me perfeitamente deles e por isto achava que os podia encontrar, mas não ... aquela era, como disse antes, uma das ruas mais movimentadas da cidade, onde se era fácil perder entre a multidão e também passar despercebido. Em vão foi a minha tentativa de os encontrar. Acabei por voltar ofegante para a loja e pedir ajuda à simpática moça. Cheguei lá, e ela também preocupada com a minha situação, expliquei-lhe o que se tinha passado e ela ajuda-me a contactar a policia para apresentar a minha queixa formalmente, e também para poder resolver a minha situação. Porque com este roubo, tinha ficado sem documentos de identificação nenhuns, tinha ficado sem dinheiro para nada, e tinha que voltar para Lisboa no dia seguinte. Felizmente o bilhete de avião ainda estava na minha posse, dentro da mala e dentro de outra bolsa que a mala tem.

"O Alçapão"

Depois da moça ter chamado a policia, volto novamente a procurar na mala se de facto não tinha guardado a carteira noutro sitio, mas como tinha deixado a mala atrás do balcão, a rapariga teve a boa ideia de a colocar mais resguardada de qualquer outro gatuno, e então colocou-a noutra ponta do balcão. Avistei a mala lá longe e fui apanhá-la. Dei um passo em frente, dei o segundo e ao terceiro não senti chão nenhum por baixo de mim, e catrapum-pum-pum ..., caí por um buraco que havia no chão da loja. Este buraco era um alçapão que estava aberto, que dava para a cave onde estavam armazenadas os artigos que a loja tinha à venda, e estava aberto por alguma razão. E lá fui eu pelo buraco abaixo, o problema é que por sorte ou azar, não cheguei ao chão porque acabei por ficar preso e pendurado na corda que segurava a porta do alçapão. Linda figura que eu fazia nesta altura em Copenhaga, pendurado numa corda de um alçapão de pernas para o ar em pleno momento de angústia. Foi nesta altura que fiquei mais calmo. Ou seja, sentia que daqui para a frente as coisas só podiam melhorar, e quem ficou mesmo pior foi a rapariga, que de um momento para o outro viu-se, na sua loja com um tipo enfiado e pendurado por um buraco, e sem saber o que fazer.
Depois de eu acalmar a rapariga e de a ter dito que estava tudo bem e que não me machuquei, as coisas lá se acalmaram. Entretanto chega a policia que rapidamente se pôs lá na loja estacionando o carro mesmo à frente da porta da loja. Depois das explicações devidas, a policia resolve-me levar para a esquadra. Quem me conhece, sabe que quando viajo é costume eu deixar a barba crescer e nesse dia ela já tinha uns bons dias sem ter levado um corte. A minha figura, depois desta confusão toda, era de um pobretanas com ar de "marroquino" que resolveu arranjar umas trapalhadas em Copenhaga.
Acabei, assim por ser escoltado para o carro e colocado no banco de trás. Às tantas começo a reparar na multidão que se juntou junto ao carro da policia e a olhar-me furtivamente. Senti-me como se fosse eu que tivesse efectuado um assalto e tivesse a ser levado para a prisão.
E continuemos com mais aventuras porque não acabou, na próxima semana ...

sábado, dezembro 16, 2006

Do Mar

Azul ou cinzento-esverdeado, sempre de cores que provocam sentimentos de paz e acalmia.
Algo com que sempre podemos contar em quaisquer que sejam os momentos. E essa imensidão de água, é a que nos faz pequeninos quando por lá andamos, que nos enrola quando tentamos usar a sua força e que nos engole quando o perdemos respeito.
A sua linha do horizonte continua a permanecer lá no fundo como um mistério, um fio a marcar o início do precipício, ou o final do mundo. E quando dentro dele, a costa parece outra coisa. E depois, quando as ondas passam por nós em sentido contrário qual uma montanha russa, deixam-nos um rasto de chuva e, cristalinamente formam-se os espectros de luz que nos dizem da beleza de fazer parte deste Mar.
Ali comungo da minha sorte, e deixo a minha confissão, para que ela, esteja aonde eu estiver me acompanhe para sempre.

"-Hoje acordaste cedo?"
"-Sim."
"-Aonde vais?"
"-Para a praia!"

(no carro marcavam 5 graus)

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Fácil de entender ...

Já há muito que o foxy não aparecia por cá ...

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Matemáticas

Na minha área, a análise e desenvolvimento de projectos, requer uma disciplina e organização que por vezes é díficil de explicar, principalmente quando pensam que os computadores nascem ensinados. Mas por vezes sentimos que somos presos por ter cão, e presos por não ter cão.

Lembro-me que em tempos, tive que explicar a um cliente que 9 mulheres grávidas não geram um filho num mês. Hoje necessitava urgentemente dessas "9 mulheres".

Este ano gozei 6 dias de férias, dos 22+8 (do ano passado) que tinha direito. Trabalhei durante os feriados e fins-de-semana de Agosto e Setembro, abdicando das minhas férias e cujos dias se vão converter em mais dias de férias. Acontece que em Janeiro vou ter 3 projectos para analisar, desenvolver, gerir e ... não sei mais o quê.
Entretanto no primeiro trimestre, por lei sou obrigado a gozar os 24 dias que restam do ano anterior, logo dos 66 dias úteis do trimestre, deverei (por lei!) trabalhar 42. Destes 42 a dividir pelos 3 projectos ...
....
....
.... é fazer as contas. (... e estou-me a esquecer dos dias de fins-de-semana convertidos em dias de férias)

Sabendo que o projecto 1, está estimo 1 mês de implementação. O projecto 2 em 2 meses, desde que o projecto 1 esteja concluído. E o projecto 3 cerca de 6 meses.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Por vezes ...

... no sentido da razão, ter o sentir de não sentir o que sinto, contra o sentido do coração, ter de esperar sentir o sentir que sinto.

domingo, dezembro 10, 2006

Foxy Viagens - Escandinávia (VIII)

... continuação de Escandinávia (VII)

Acordei cedo neste dia 11 de Junho, que planeava voltar para Copenhaga. Apesar de tudo, acabei por adormecer e acordar mais tarde, e em cima da hora para ir apanhar o combóio. Nesse dia as dores que tinha no tornozelo aumentavam. Já não estava a conseguir andar normalmente e as dores faziam com que tivesse de ter calma nos movimentos para caminhar.

"Outro bilhete"


Acabei por me atrasar também a arrumar a mochila e quando dei por mim já não sobrava muito tempo para chegar à estação. Tentei ir o mais rápido que pude, mas já não conseguia andar mais depressa. Nos meus planos ainda estava a hipótese de ir tomar o pequeno-almoço na tal pastelaria que tinha "o" pequeno almoço que adorei, mas não cheguei lá ir por estar atrasado. Com todas as dificuldades, cheguei à estação e lá estava o combóio que ia-me levar para Copenhaga, só que já estava de partida e já só o vi ir embora e sem mim. Acabava de perder o combóio. Depois de colocar as ideias em ordem e de me chamar todos os nomes possíveis e inimaginários, só mesmo para descarregar a aselhice que tinha tido naquela manhã, resolvi ir às bilheteiras para saber qual era o próximo combóio e para eventualmente trocar de bilhete. Para o próximo combóio tinha de esperar umas 3h horas e como era de outra companhia de combóios o bilhete que tinha não podia ser devolvido e trocado pelo bilhete correcto. Como para esse dia não tinha outra forma de chegar a Copenhaga, tive que comprar outro bilhete e esperar as tais 3h.
Acabei por tomar o pequeno-almoço na estação, e fui fazendo a espera na própria estação, porque não me sentia em condições de andar mais por ali. A viagem em sentido inverso, até Copenhaga, correu bem, passando novamente por Malmö e novamente pela ponte que liga a Dinamarca à Suécia, ou como se queira, liga Copenhaga a Malmö.
Em Copenhaga, fui directo para o sleep-in-heaven, onde marquei mais 2 noites para ficar e depois, já ligeiramente melhor, optei por fazer o tour turístico através dos barcos que navegam nos canais em Copenhega. Foi um fim de tarde bem passado, pois em cerca de 2 horas de barco, acabei por ver Copenhaga de uma outra forma, passando por locais que já tinha estado, mas sob outro ponto de vista. Acabei por filmar toda essa viagem.
No dia seguinte, era o último dia (completo) nesta cidade e estava planeado efectuar as compras dos "recuerdos" para todos. Era também o dia que começava o Euro2004 em Portugal ... (e tanta coisa aconteceu nesse dia ....)

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Conversa entre cavaleiros ...

[...]
- Epá, fui exilado prá Madeira ...
- Quêê?? ... foste violado na Madeira??
- ... exilado!!!
- ... violado????
Pá, não te estou a ouvir nada ...
- Tou em alta voz, porque tenho as mãos ocupadas.
- Não te percebo. Foste violado na Madeira e tens as mãos ocupadas?!!?
[...]

quinta-feira, dezembro 07, 2006

O Pai Natal passou por aqui e ...

... e ganhei 2 convites para ir ver os The Gift no CCB, dia 10.

Afinal o Pai Natal existe. E passou pelo meu estaminé. E viu o meu post ali em baixo.

O 2 convite não tem dono ... é de quem apanhar primeiro, ou não.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Foxy-Cine "007 - Casino Royale"

Vi este 007 e não gostei.
Basicamente porque faltam pormenores, detalhes, e os gadgets característicos destes filmes.
No 007, recuso-me a aceitar que arranjem formas de mudar estas características. Por muito bom que o actor tenha desempenhado a personagem, por mais voltas que o filme possa dar, o 007 tem um formato único e que deveria ser sempre respeitado.
Só depois de ter lido as críticas e depois de ter visto o filme é que percebi que em termos cronológicos este seria a primeira aparição de James Bond como agente 007. Posso aceitar que sim e que o filme tenha decorrido sob este contexto. Agora não posso aceitar que num 007, se espere até ao final do filme para aparecer a sua marca "Bond, James Bond" e ainda por cima dita a um homem, quando normalmente é dirigida às bondgirls com aquele ar de quem quer mais alguma coisa. Não posso crer que o Q. não tenha aparecido e mais as suas engenhocas. E Miss MoneyPenny, que foi feito dela? É que até para o James Bond entrar no escritório da M. nem teve que passar pela Miss MoneyPenny. E depois, pior que tudo, as bondgirls morrem (desculpem-me dizer isto para quem ainda não viu), mas porquê? Que é feito da cena final em que o James Bond fica com a "sua" bondgirl numa ilha paradísiaca? Outra coisa que não compreendi, o James Bond deixa a primeira bondgirl de champanhe na mão, para ir atrás de um gajo? Normalmente ele daria o trato que a miúda merecia e depois ia atrás de quem fosse preciso. Finalmente, o James Bond apaixona-se loucamente??? .... nãããããã ...
... e que dizer da destruição daquele Austin Martin uuuiiiiii ... se fosse num Bond clássico o carro tinha ficado limpinho sem risco nenhum. Doeu tanto ver aquela cena!

Não me convenceu, talvez por preferir as pirosidades deste tipo de filmes e não me venham com histórias.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Carta ao Pai Natal

Estamos numa altura em que os desejos se multiplicam, fomenta-se a alegria exterior e renova-se o conceito de Acção de Graças para connosco.

Sempre foi e será sempre assim, desde que escrevemos a nossa primeira carta ao Pai Natal, pensa-se na estima pessoal e na procura de uma felicidade egoísta.

Assim sendo, à uns anos atrás, a minha carta ao Pai Natal seria assim:

"Pai Natal,

Eu este ano queria um combóio eléctrico de presente para poder brincar com os outros combóios eléctricos que já tenho.
Gostei também muito, daquela coisa que se põe na boca, e sopra-se, e depois mexe-se de um lado para outro, e dá música diferente.
Gostava de ter também uns legos para poder montar e desmontar várias vezes.

Obrigado."

Actualmente esta carta teria algumas diferenças e ficava assim:

"Ooh,
tu aí que te vestes de vermelho e nunca apareces, nem sequer para dizer que os brinquedos já esgotaram e que teria que me portar melhor e escrever a carta mais cedo para ter qualquer brinquedo.

Este ano só queria mesmo que todos os meus familiares e amigos fossem um bocadinhos mais felizes do que este ano que passaram. Gostava que a Felicidade pudesse acompanhar e caminhar, junto a outras pessoas que também desejo muito, do fundo do coração. Queria igualmente que pelo menos um dos desejos deles se realizasse e os próprios me pudessem demonstrar a sua alegria.
Pedia-te também alguma sabedoria para poder discernir melhor que opções tomar e sabê-las tomar correctamente, reconhecendo que vai ser um ano bastante difícil. Também e a titulo pessoal gostava de receber a possibilidade de poder oferecer mais do que aquilo que tenho procurado oferecer (Iúnau Uáraimin).

Finalmente, não há por aí uns trocos do Euromilhões, para passares cá por baixo e distribuir para quem necessite mais? ... é que há ali em baixo, noutro continente gente com muita dificuldade nesse sentido ... e há também uns senhores politicos que pensam que andam a brincar aos países e depois quem vai sofrendo as consequências são os meninos que não têm nada a ver com a brincadeira deles. Para esses por favor, um bocado de consciência naquelas cabecinhas seria o suficiente para melhorar este mundo... Ok?

Xau e até pró ano.
Abraços."

Gostava que tu também te lembrasses de outros valores para transmitir nesta época, e que o faças nem que sapos caiem do céu...

Adenda:
P.S. Hoje de manhã, na rádio uns senhores e senhora tocaram ao vivo. Como prenda de Natal e aproveitando o nome da banda, The Gift, gostaria imenso de ouvir novamente a música de sonho que eles tocaram ... ou então ter novamente a oportunidade de os ver ao vivo.

Lá em cima há planícies sem fim
Há estrelas que parecem correr
Há o Sol e o dia a nascer
E nós aqui sem parar numa Terra a girar

Lá em cima há um céu de cetim
Há cometas, há planetas sem fim
Galileu teve um sonho assim
Há uma nave no espaço a subir passo a passo

Lá em cima pode ser o futuro
Alegria, vamos saltar o Mundo
E a rir, unidos num abraço
Vamos contar uma história
Era uma vez o Espaço

lalalalalala

Lá em cima já não há sentinelas
Sinfonia toda feita em estrelas
Uma casa sem portas nem janelas
É estender um braço e tu estás no Espaço!



domingo, dezembro 03, 2006

Foxy Viagens - Escandinávia (VII)

... continuação de Escandinávia (VI)

Assim que cheguei e acomodei-me nas instalações que aquele barco-albergue me oferecia, dignas de um viajante aventureiro, fui e sem planos nenhuns, explorar Estocolmo e tudo o que aquela cidade me podia oferecer. Numa rápida olhadela sobre o mapa da cidade, fui descobrindo que em quase todas as esquinas havia um museu. Portanto, percebi logo que muito do meu tempo seria gasto em visitar museus e alguns até bastante interessantes, destacando-se o Museu Nobel, o Museu de História Natural, Museu de Navios de Guerra, e muito principalmente o Museu Vasa. Neste dia, e como era de tarde e não tinha ainda almoçado nada de jeito, e também como o tempo já não dava para programar nada, resolvi dar uma caminhada pela cidade e ir "apalpando" terreno para o dia seguinte. Aproveitei e sentei-me num café-bar para mastigar qualquer coisa e ver um bocado de um jogo de bola, precisamente um jogo de camadas jovens entre os Tugas e os Suecos. Por acaso os Tugas até ganharam o jogo e logo percebi que por aqueles lados eles, os homens, gostam tanto de bola que se aparecessem duas gajas todas produzidas na frente deles, eram capazes de as mandar sair da frente e ficarem a olhar para a tela de televisão ... humm, e não foi mesmo o que aconteceu. É claro que o jogo de camadas jovens, quem é que quer saber, né.
Depois mais tarde, acabei por continuar com a minha voltinha de reconhecimento. Acabei por sair do café-bar, já passavam das 19h e começava a achar estranho, não por desconhecimento mas por estranhar o efeito, de ter o sol ainda bem acima no céu. Ia passeando, e parando em vários locais e descobrindo aquela cidade. É uma cidade bastante cosmopolita e cheia de vida também, com muitas variedades para nos distraírmos, e claro ... as suecas. Eram já 22h e ainda tinha o céu de um azul clarinho que até incomodava. Esta era uma das razões pelo qual eu me imaginava a visitar a Escandinávia, poder apreciar o sol da meia-noite. Em Estocolmo, não seria possível à meia-noite ver o sol ainda, tinha de ir mais para norte do país, mas mesmo assim já podia imaginar. Decidi voltar ao barco-albergue e trazer a máquina para fotografar. Chegou a noite por volta das 23h30 e acabei o dia a fotografar o horizonte porque ainda havia o clarão do sol a manter uma claridade crepúscular. Voltei por volta da 1h da manhã para dormir e descansar para no dia seguinte efectuar uma maratona de Museus e jardins para visitar. Esqueci-me é que, tarde o sol se põe nestas paragens, mas também cedo o sol se ergue. E eram 3h30 da manhã, já tinha o sol a bater nas janelas que não tinham as portadas fechadas, e acordar-me com os seus raios matinais. Bolas, tive que me certificar que eram mesmo 3h30 da manhã e já era manhã, mas que podia ainda dormir pelo menos mais 4 horas. E assim foi, não dormi mais porque no barco-albergue já se fazia um calor absurdo e depois com tanta claridade já não consigo dormir mais. Para eu conseguir dormir tem de estar tudo, mas tudo mesmo, muito escuro.
Acabei por me despachar e preparar o meu itinerário. Seria qualquer coisa como museu, museu, museu, descanso, museu, e tarde/noite livre. Neste dia, 10 de Junho, acabei por sem querer, acabar por tomar um delicioso pequeno-almoço. O sumo era de laranja, normal, mas a sandes era divinal. Era um pão estaladiço por fora e fofo por dentro, e era composto por tomate (mas não os normais que conhecemos, era um género de tomate do tamanho de bolas de naftalina, mas muito saboroso), cebola crua, um queijo saboroso e mais qualquer coisa barrada lá pelo meio. Tudo isto dentro de um pão aquecido, fez-me as minhas delicias neste pequeno-almoço e também no do próximo dia.
De volta à terra, fui visitando os museus que planeara. Passei pelo Palácio Real e vi o render da guarda, que também já tinha visto em Copenhaga, dias antes. Começou a chover e como sempre, andei à chuva porque andar de chapéu-de-chuva não faz o meu género. Acabei por seguir para o último museu que queria visitar e que era o Museu Vasa. Este museu, tem o nome de um barco de guerra, mais propriamente de um Galeão que foi construído para fazer parte da armada sueca que combatia os vizinhos russos à uns séculos atrás. Acontece que este galeão de nome Vasa, no dia que foi lançado ao mar, afundou-se sem mais nem menos, e foi uma frustração para o povo sueco. E só à uns anos atrás é que se conseguiu trazer à tona a carcaça do galeão naufragado, e resolveram fazer um museu dedicado ao barco. Foi um excelente trabalho de reconstituição de história que fizeram, desde histórias da altura da sua construção, até a registos históricos de como se desenrolava a guerra com os russos e de como a Polónia sofria por causa das batalhas que se travavam, e também de como o barco foi recuperado do fundo do mar. Passei umas boas horas a conhecer o Galeão Vasa e acho que valeu a pena. No fim da visita, fui almoçar/lanchar e aproveitei para apreciar um dos pratos típicos da Suécia, as famosas meatballs. Bem servidas, eram bolinhas de carne, acompanhadas com beterraba cozida e outros legumes.
Acabei por passar a tarde sentado a ler num relvado circundante, a colocar a leitura em dia e a descansar porque já começava a sentir algumas dores no meu tornozelo afectado por causa do abalroamente que levei uns dias atrás. Foi uma tarde bem passada, pena que tivesse ficado só por descansar, mas já merecia. Apesar de estar a gostar, decidi que voltaria no dia seguinte para Copenhaga. Fui saber o horário do combóios e comprar o bilhete. Na estação, um tipo com idade de avô, dirigiu-se a mim e resolveu fazer-me perguntas de onde era, quem era, o que fazia na vida, o que fazia em Estocolmo, etc ... é claro que fui me afastando do tipo e deixá-lo a falar sozinho. Acabei por comprar o bilhete mais barato, o problema é que o combóio partia às 7 da manhã, mas sem problema já que o sol se levanta às 3h30 da manhã. No final do dia, isto é, por volta das 22h30, voltei para o barco-albergue, sem deixar de passar por mais um momento único de ver o adormecer do sol e também por assistir a uma aula de Karaté em plena cidade. Deu-me vontade ir esticar as pernas e ir treinar um pouco a minha capoeira ...