Banhos

(a versão animada está aqui nestes link, vejam: anime) (ainda há coisinhas a melhorar, mas podem ver ...)

Na semana passada apanhei um banho do caraças. Chapéu é mentira. E como quem anda à chuva molha-se, logo dá banho. Ora, até podia esperar que a chuva parasse, mas não. Eu até gosto de andar à chuva. O problema é que ando à muito tempo à chuva, farto-me de levar com cada banho, uns mais frios que outros, molhados, ou com certas desilusões pelo meio e outras infelicidades. Mas lá continuo eu a andar à chuva, sujeito a banhos de qualquer tipo e quantidade. E apesar de tudo, continuo a pensar que continuarei a tomar banhos, por muito que me custe ou esforce, acho que os banhos são comigo.
Há dias o caro amigo lampião que adora pontes, principalmente as do Porto, colocou uma questão "O que é isso de chover a cantâros?". Ora chover a cantâros, tá-se mesmo a ver, a água do cantâro é despejada sobre um certo local ou alguém. Levas com a água toda. E agora, o que é que quer dizer com "Vai dar banho ao cão."? Ora como já disse que me farto de levar banhos ....

Outro banho que me parece que está a acontecer, é a Primavera que chegou, mas ainda não a vi em lado nenhum. Acho que vai ser dificil como as coisas andam ela aparecer, ou não. De qualquer maneira, depois da Primavera há o Verão (já viram como as coisas se ligam, Primavera (vera) Verão), e que por cá espero. Por falar em Verão, lembra-me das férias. Férias que pelo andar da carruagem, este ano não as vou ter, e imaginem, tenho 30 dias de férias para gozar. É menos uma aventura. E como eu não vou ter férias, desde já peço muita atenção aos meus amigos. Vocês este ano não podem de qualquer maneira ir de férias na semana do meu aniversário. Ai não, não ... nem que a vaca tussa ou que tenham que celebrar aniversários de casamentos. Estão intimados a cá estar nessa semana. Não aceito qualquer desculpa, banhos como nos anos anteriores é que não, vão mas é dar banho ao cão, sim!... A mim é que não.

Foxy Viagens - Itália (III)

(continuação de Itália II)

Era Sexta-Feira, dia 6 de Abril, por volta das 21h-22h, encontrava-me eu em Roma, na Stazione Termini.
Chovia torrencialmente, e não tinha sitio para ficar. Precisava de encontrar um sitio, uma solução para passar a noite, a minha primeira noite em Itália. O dilema, estava em sair naquela chuva e procurar sitio para ficar, ou ficar à espera que a chuva parasse (a chover daquela maneira não pararia tão cedo), ou esperar mesmo que a sorte mudasse. Enfim, decidi pela pior solução (só mais tarde é que percebi). Lembrei-me que tinha levado a capa de água, coloquei-a e saí em busca de hospedagem. Por entre as ruas de Roma, com um mapa que aos poucos ficava cada vez mais ensopado, fui à procura de algo. A sorte é que na zona da Stazione Termini, havia uma data de possíveis hospedagens, desde hotéis, a residenciais, ou aos hostels. De um em um fui procurando, e a resposta à minha pergunta "- Do you have available rooms?", era sempre a mesma, embora em diferente idiomas. "No. All full." ou "Tutto occupato." Ao fim do 5º/6º local que procurei, percebi que em Roma nada feito.

O facto de estar tudo ocupado era porque se iniciava a semana santa, e muita gente de vários sitios vão a Roma celebrar esta época festiva. Roma, estava cheia de turistas (e muitos portugueses como percebi dias mais tarde).

Decidi voltar para a Stazione Termini. O único sitio abrigado que conhecia. Já lá dentro, pensava em alternativas. Bom mas para pensar o melhor era estar de barriga cheia. Fui a um café lá na estação, e tive o meu primeiro diálogo em italiano. Procurei na lista o que queria consumir, e decidi-me por um leite frio e por uma foccacia (género de pizza mas enrolada e havia umas com doce lá dentro, bom). Dirige-se a empregada a mim e:
Ela: Prego?
Eu: ???? (pensei para mim, que raio é que ela quer com prego)
Ela: Prego?
Eu: .... (prego, esta tipa está a gozar, não ... humm)
Depois percebi com a ajuda de alguém ao lado que em resposta ao 'prego' de outra empregada, fez o seu pedido, e terminou com 'prego'. Então 'prego' é um termo que serve para dizer 'por favor' ou de algum modo fazer um agradecimento.
Eu: I want a ... err ... eu ... no, desidero um bicchieri du latte, fredo! ..... prego :D
Ela: è tutto?
Eu: e una foccacia. Questo. ... Prego.
Gostei imenso do 'prego', e fiquei com o 'prego' na cabeça (dentro deste contexto claro). Paguei, sentei-me e refastelei-me. Agora tinha de decidir o que fazer. Estava a olhar para aqueles placards que existem nas estações de caminhos de ferros com as partidas e chegadas dos combóios, e que rodopiavam velozmente cada vez que a informação é actualizada, e na primeira linha estava o destino de Firenze, com partida a 15 minutos.

Quando decidi ir para Itália, a viagem que queria fazer por lá era de conhecer o máximo possível, viajar de cidade em cidade e de combóio. Gostava também conhecer em primeiro lugar a toscânia, pois tinha lido imenso sobre essa região e gostado muito.

As coisas conjugavam-se agora. Ia conhecer a primeira cidade, Firenze. Ia para uma das regiões que pretendia conhecer, Toscana. Passava das 23h, e não tinha sitio para ficar. Continuava a chover torrencialmente. Com alguma sorte passava a noite no combóio e era menos uma noite a pagar a dormida. Lá fui eu comprar um bilhete ('prego' claro...) para o combóio das 23h30, com destino a Firenze. Foi uma viagem calma, de noite, sem quase ninguém no combóio. Os que entravam numa estação saiam pouco depois noutra. Pensei eu que a viagem iria mesmo demorar a noite toda, estava safo. mas não, nem tudo podia ir bem. Acabava de chegar a Firenze pelas 3h da manhã.
E agora?

Raios!!

Antes de mais, acho que tudo não passa um efeito de forças contrárias. Forças negativas que contrariam as forças positivas. Os efeitos secundários que reagem após os primários. Ou seja, forças de acção e reacção.
Mas o que é certo, é que tudo vai mal. Ou então são só mesmo as forças negativas que me invadem. Desilusão, o termo certo. Sempre achei que depois de algo negativo iria aparecer o contraponto positivo, ou ao contrário, se por algo bastante positivo haveria o oposto para contrabalançar.
À tempos atrás senti isso, algo muito negativo, e com alguma paciência encontrei o contraponto positivo. E também a algo bastante feliz, encontrei na mesma hora o lado negativo. Portanto a minha teoria, de que a algo positivo haverá sempre um negativo a equilibrar, e consequentemente para algo muito negativo haverá outro positivo, parece-me correcta. O problema é que agora, aquilo que eu acharia "o positivo" não chega, e o negativo vai-se acumulando. Como por exemplo hoje, que poderia estar mais feliz ... tá bem que com mais preocupações, mas relativamente mais feliz. (E Rui, não!, não é o que tu estás a pensar. Já disse que não falo contigo por causa de bola.)

Na capoeira, há uma música que diz, "Capoeira, balança, balança, mas não cai".
Um dia o meu Mestre me disse que "Fruta boa só cai da árvore quando está madura".
Eu levo a sério uma frase bem conhecida "Live and let live".
É com estas frases, e mais algumas que vou passeando nos meus pensamentos diários.

E agora, alguém quer vir ver o "Ice Age 2" comigo? estreia para a semana? ... é um filme para crianças grandes e pequenas, bastante divertido ....

Foxy-Cine "Uma História de Violência"

David Cronenberg é conhecido por ter uma filmografia onde aborda histórias sobre vários aspectos de violência. Desde uma violência crua em "Crash", até a uma violência de estranhas metamorfoses em "eXistenZ" ou "A Mosca", ou então as chamadas violências gratuitas como em "Friday 13th". Estes (e outros) filmes, todos englobados num contexto de estranhos mundos, são a imagem de marca de David Cronenberg.
"Uma história de violência", deixa-nos a pensar que passados têm as pessoas que nos rodeiam. Se existe um potencial assassino ao nosso lado, que nos acompanha no dia-a-dia, ou que trabalha connosco, ou mesmo que vive na nossa casa. Ou então, como conseguirmos controlar o nosso instinto "assassino" que vive dentro de nós. Como fazer com que o poder da mente sobreponha e controle o nosso poder e impeto maléfico. (Faz-me lembrar uma história de um tipo que parecia que tinha um ar de psicopata mas que não o era, e de alguém que vivia no seu canto e que não queria de modo algum ter contacto com o tipo.) Hoje em dia nunca se sabe como são estas coisas, mais vale o nosso cantinho, certinho, do que mal frequentado e possivelmente destruído. Aqui Cronenberg joga bem com a violência.... a violência pode ser justificada? ou apenas gera mais violência? como responder à violência quotidiana que enfrentamos nas nossas vidas, seja na escola, na rua, ou numa relação?

Mas o que também gostei deste filme, foi a narrativa que David Cronenberg criou, conseguindo transformar pequenas partes do filme em abordagens a obras de outros realizadores, numa boa combinação entre a comédia negra e no contraste de cenas bem exploradas pelo realizador. Enquanto via o filme, em algumas cenas lembrei de "Cães Danados" do Tarantino ou de um Sérgio Leone num Western Spaghetti, por exemplo. No inicio , existe uma espécie de prólogo muito bem feito, que dá a sensação que estamos num universo de David Lynch, aonde os gangsters passeiam-se despreocupadamente da chacina que acabaram de executar, excelente. E depois vemos que estas histórias todas entroncam-se numa história comum e conseguimos perceber finalmente o principal do filme.
Gostei e aconselho.
Ah , e gostei também da fantasia de cheerleader que assenta muito bem à Maria Belo. Muito belo, sim senhor. A ver e rever.
Citação:
Tom Stall (pai): In this family, we do not solve problems by hitting people!
Jack Stall (filho): No, in this family, we shoot them!
Tom Stall (pai): Splash!!!! (chapada na cara do filho)

Primavera!

Como durmo com o rádio ligado, nas manhãs seguintes devo acordar com a última música que entrou no meu subconsciente durante a noite. Hoje foi a Corinne, calhou ... Passei o dia, entre saltos e saltos, de nuvem para nuvem, sempre a traulitar o suave "put your records on", sei lá o que se passava. Até quando, em reunião com um cliente fui "ameaçado" se tal coisa não funcionasse estaria em maus lençóis, me preocupou, ... keep it simply (just relax, just relax). Entretanto fui apresentado à Carla Bruni, que belas canções tem ela no seu CD, no seu francês melodioso e harmonioso. Isto hoje estava mesmo no deixa andar ...

Percebi o porquê, a Primavera chegou hoje às 18h20. Quem diria chegou mais cedo. Não dei por isso ou então passou por mim e não me ligou. Alguém avançou uma explicação cientifica, é que a elipse que a Terra executa à volta do Sol, sofreu um ligeira alteração, de modo que os eixos que dividem a Terra nos seus quadrantes também se deslocaram. Até me podiam explicar que foi o Sol que se mexeu o que provocou a Primavera chegar mais cedo. Eu acreditava. Hoje acredito em tudo, mesmo quando não devo acreditar.

Sabem, acho que vou esperar agora pelo Verão.
Finalmente, hoje, descobri que a Corinne Bailey Rae vem fechar o Rock-in-Rio. Qu'est ce que je fait?

Foxy-Cine "Underworld: Evolução"

Bom, de facto gosto deste tipo de filmes, de vampiros, licantropos ( que não deixam de ser lobisomens), por isso não vou dizer mal do filme. Mas bem que podia ser melhorzinho. Com uma história deveras interessante para se explorar, parece que se esgota tudo em 30 minutos de filme. Os efeitos especiais há alguns interessantes. A melhor parte, da perseguição de Marcus a Selena e Michael, está bem fixe. Gostei mais do primeiro, estava mais bem explorado, e tenho a impressão que vem aí mais uma sequela, e desta vez com híbridos (half vampire, half lycan) ... Quero ver!!!

Para quem gosta de andar a mudar a côr dos olhos, acho que é uma boa montra de opções que dispõe ao longo do filme.

Lo Sogno Vero

Ho avuto un sogno. Era uno di quello sogna che non sappiamo dove sono venuto.
Un cavaliere è stato perso e qualcuno lo raccomanda. Quella è lei. Chi? non sa fino ad oggi. Rimane sempre finora, come una stella nell'universo, ma allo stesso tempo più vicino come l'aria che alleva.
Inoltre ha sognato che la ha persa ma dentro la prossima volta la ha trovata. Ancora una volta si trova nelle sue ginocchia fra la sua sconfitta e la sua speranza eternal. La sua vittoria.
Relativo un gioco duro che desidera vincere, deve. Ed è un avversario grande.
Ho sogno con una principessa.

Allora sveglio, il sogno sono stato concluso.

Tédio no fim de semana !?!?!?!!!

... e que fim de semana, resumindo.

- Sábado de manhã, Eu, o Kase, o Bazuca e a Bárbara, inicio da partida para a aldeia de Folgosinho, perto de Gouveia;
- Decisão de ir por Covilhã e subir a Serra da Estrela;
- Chegar à Covilhã e subir a Serra;
- Sol espectacular;
- Tirar fotografias e brincar com a neve;
- Descer a Serra em direcção a Manteigas;
- Tirar fotografias;
- Voltar a Subir a Serra;
- Descer a Serra em direcção a Gouveia;
- À procura de Nabais e Folgosinho;
- Chegada a Folgosinho às 15h em ponto (deviamos ter chegado às 14h);
- Enfardar à bruta no "Albertino", i.e., ... Feijoada de Javali, Cabrito que era Vitela, Vitela que afinal era Cabrito, Arroz Cabidela de Coelho, ... e já não cabia o Leitão. Para terminar Arroz Doce, Leite Creme, Requeijão com Doce de Abóbora;
- Quem diria, olhó descendente de Viriato. Esta é a parte que uma imagem vale mais que mil palavras.
- Descobrir o caminho para Arouca;
- Como se vai para Mangualde?;
- Como se chega a Viseu?;
- E para Castro d'Aire, para onde é a A24?;
- Procura-se por Alvarenga;
- Ora aí está Cabril ... fez-nos lembrar mais umas belas histórias dos BZKRN;
- Ops, ... olha o nevoeiro (já eram 21h, e não se via népia);
- Cá está, Arouca;
- Revelações, tal qual uma telenovela mexicana. Afinal eles são todos da familia.
- Arouca, acho que era o Carpete Verde o bar-disco (se não for, não liguem);
- Na manhã seguinte, ... "que claridade é esta logo de manhã", era o que se ouvia mais;
- Ida para Canelas;
- Vestir o meu fato coliante de neoprene;
- Coletes, Pagaia ... tudo a postos;
- Rio Paiva, brrrrr .... que frio, água por volta dos 0º negativos (não acreditam??, haviam de lá estar) ;
- Saída nos botes de borracha;
- Primeiro rápido ... fácil, ninguém foi à água;
- Segundo rápido, esperemos pelos atrasados;
- Terceiro rápido, ... ups, este já foi mais puxado;
- Quarto rápido, este nem pensar;
- Como o bote não nos levava, resolvi saltar a ravina de uns 32/4 metros de altura para dentro do rápido lá muito em baixo. Crazy;
- Surfing ao longo da corrente do rio. Adrenalina a 1200%;
- Último rápido, fácil;
- Para tornar as coisas mais dificeis, o guia resolveu só deixar 3 dos 7 dentro do bote, e ir "Surfar" para dentro de um buraco;
- Primeira tentativa, não se conseguiu;
- Segunda tentativa, não conseguimos nos colocar dentro do buraco;
- Terceira tentativa, bote dentro do buraco, remamos, remamos, remamos, ... o bote sobe, sobe, sobe, salta e cai em cima de nós. Charco;
- Fim do rafting, e para descomprimir nada que nos deixarmos levar pela corrente do rio até ao fim, quero lá saber do bote, splash ... aí vou eu;
- Fim do rafting;
- Acho que nos engamos no caminho, viemos muito a direito. Não deviamos ter feito uns desvios até Salamanca?
- Fim de fim de semana;

Haverá mais concerteza, nem que seja eu a organizar, foi bom demais. Aos que não foram, esperem e não desesperem. A próxima ainda será melhor. Para acompanhar pormenores, podem visitar o outro blog do grande amigo, Bazuca, em oblogdoluis, aonde terão mais pormenores e poderão ver os meus comentários.

Chatice, que fim de semana tão chato!!!!!!

NOTA: "buraco", quer dizer quando a água forma 2 correntes paralelas que passam pelos 2 lados de uma rocha. À frente da rocha, aonde as correntes se voltam a juntar fica um buraco que às vezes faz redemoinho.

Foxy Viagens - Itália (II)

Vocês sabem uma coisa ... eu às vezes sinto que não tenho sorte nenhuma, são tantos os azares e desilusões que me acompanham que nem sei em que buraco me esconder. Mas depois penso que se não fossem estes pequenos grandes infortúnios se calhar não teria assim tantas aventuras, e apesar de safar-me de algumas delas um dia poderei não ter essa sorte. E estou sempre a levantar a cabeça e seguir em frente.

Antes de prosseguir, não foi no ano de 2000 como tinha dito, mas sim em 2001. Era o mês de Abril e corria o dia 6.

Consciente que estava tudo perdido dirijo-me apressadamente ao guichet da portugália no aeroporto, aonde já não estava ninguém e pergunto à rapariga que lá estava sentada se ainda ía a tempo de entrar no avião das 15h30 para Lisboa. Adivinhando já a resposta, era a última tentativa desesperada em encontrar uma esperança em chegar a Lisboa a tempo e horas. De facto já passavam uns minutos da hora de partida, estava numa fila que não era fila, pois não havia pessoas para fazer fila como é óbvio e como que a cair do céu, num relâmpago, vem a resposta da rapariga, "O bilhete se faz favor. Não traz bagagem, pois não?" Atónito, perguntei ainda, "É o avião das 15h30 para Lisboa?". "Sim", respondeu ela, e continuou ... "Está atrasado 15 minutos. Ainda vai a tempo de entrar. Tem é de se apressar." Nem podia acreditar, o raio do taxista conseguiu-me colocar cá a tempo e lá fui eu em mais uma corrida para o avião. Só não ia beber o tal café, mas que não fazia questão nenhuma.

Acreditem, esta foi por pouco, e foi a primeira das várias corridas que já fiz até hoje para entrar num avião.

Entrei no avião, aonde me colocaram num lugar da primeira fila, daqueles que há muito espaço (os únicos de alguns aviões) para esticar as pernas. Sentei-me, descansei da louca correria e só conseguia pensar se era mesmo verdade e que estava mesmo a caminho. Provavelmente belisquei-me. Entretanto, acabado de entrar no avião, um passageiro desconhecido para muitos, mas que para mim foi uma excelente surpresa. Foi um tipo que comecei a admirar à pouco tempo, pois ele antes era um gajo um bocado pró tosco e fingia que sabia dar uns pontapés na bola, até que num ano aprendeu uma data de coisas e foi contratado para jogar em Itália, em Nápoles. De seu nome Luis Vidigal, ex-jogador do meu clube, tinha acabado de vir de uma consulta na Alemanha, com a perna engessada por causa de uma rotura de ligamentos e sentou-se ao meu lado. Nem podia acreditar, beliscar-me provavelmente não seria a melhor hipótese, ainda me aleijava a sério com tantos os beliscões que teria de fazer. E lá partiu o avião em direcção a Lisboa. Apressadamente, organizei os documentos da reunião que tinha tido para os entregar, fechei a pasta e é claro, meti conversa com o meu companheiro de viagem. Perguntei se tudo estava a correr bem, e tal, ... falamos de futebol e dos clubes e foi uma conversa agradável. Até que lhe disse que chegando a Lisboa estava de partida para Roma, e como não conhecia nada de Itália, pedi-lhe algumas dicas para poder orientar-me em Itália. Expliquei-lhe o que pensava fazer e ele lá foi dizendo para visitar Génova, Veneza, Florença (aonde ele tinha estado à uns dias atrás na casa do Nuno [Nuno Gomes]) e principalmente Nápoles, aonde poderia visitar o Vesúvio e a ilha de Capri. Tomei as todas as notas e agradeci-lhe imenso. Chegando a Lisboa despedi-me desejando-lhe as melhoras e boa sorte para a carreira dele, esperando-o ver no Sporting um dia qualquer.

De novo em correria para a Optimus para voltar novamente ao aeroporto. Faltavam uns minutos para as 17h. Nesta altura as coisas até correram bem, foi tudo muito rápido, táxi, Optimus, táxi, aeroporto e uns 30 minutos antes das 18h estava a fazer o check-in e a entrar para a zona de embarque. Finalmente descanso, com a maior sensação de ter conseguido terminar uma louca maratona em primeiro lugar, incrível. E lá fui eu em direcção a Roma, como destino, mas completamente às escuras como expliquei antes. Nem queria saber, depois se via.

As viagens de avião são das viagens mais gostosas de fazer, é tão bom andar de avião. A sensação de levantar vôo e sentir a potência de passar dos 0 aos 300km/h em menos de 10 segundos, a sensação de deixar terra e elevar-nos no ar, é fantástica.

2 horas depois, chegava a Roma. Agora, sim, perdido sem sitio para ir, nem ninguém conhecido à espera, nem nada. Felizmente a mala chegou em ordem e sem problemas. Ia começar a minha aventura. Já passavam das 21h. Chovia torrencialmente. Estava no aeroporto de Fiumicino e sabia que tinha de apanhar o combóio para Roma, pois o aeroporto não é mesmo na capital. Troquei o dinheiro que tinha, na altura de Escudos para Liras e lá fui eu, chegando à estação central de Roma, deparo-me com o meu primeiro dilema. Sair no meio daquela chuva e procurar sitio para ficar ou fazer o quê? Era impossivel sair naquele momento, e o único abrigo que tinha era mesmo a estação central. Para perceberem como chovia, era tanta a intensidade que nessa altura em Roma decorriam 10 minutos de um jogo de futebol, que teve que ser interrompido porque a bola não saltava.
O que fazia? Esperava? Saía? Arriscava o quê?

Portas!!!

Foxy-Cine "North Country"

Correndo o risco de voltar a falar de Charlize Theron, North Country é um excelente filme. Fala da coragem, da resistência e de medos de uma mulher que num ambiente adverso, consegue sair de cabeça erguida. É um testemunho real de um caso que aconteceu no Estados Unidos. A interpretação da Charlize Theron também só está ao alcance das grandes atrizes. Sobre o filme em si, tem pormenores de enquadramento, tanto a nível de realização como de fotografia que o definem como um bom filme neste aspecto. As cargas dramáticas, são muito bem exploradas, com a música de Gustavo Santaolalla (o mesmo que ganhou o Óscar no Brokeback Mountain) que acompanha as cenas muito intensamente. Chega ao ponto de colocar o famoso som de suspense característicos de filmes Hitchcockianos.

Finalmente, é um filme se enquadra no dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher.

Foxy-Cine "Aeon Flux"

Fui ver à dias o "Aeon Flux". Bom o filme não é nada de especial, mesmo nada, mas a Charlize, ó sim, sim. A história é fraca, mas a Charlize .... Talvez tenha uma cena que está fixe, apesar de já ter visto melhor, que prende o espectador ao écran, que é a cena da corrida pelos jardins, mas depois é só mesmo a Charlize que nos prende ao écran. Ai que olhos tão, tão ... Charlize, Charlize ... fingidos ou não, ninguém tem-os assim. Ou não, ou não!
Ok, o filme vale mesmo pela Charlize.

Fim de Fim de semana

A terminar este fim de semana, e depois de um lanche na companhia dos BZKRN, que eu falarei mais tarde quem são estes tipos (estou à espera que o Xôr B crie o seu post) recordando e fazendo as piadas que ninguém mais percebe, fui ao futebol. Ali com o meu lugarzinho à minha espera e os companheiros de bancada vimos o jogo. O que quero falar neste post, não é sobre o jogo, se é penalty ou cartão vermelho, ou outra coisa qualquer, porque para isso o cavaleiro R se calhar já mandou uns bitaites. Ora, para vos situar, eu gosto de bola e gosto de a apreciar. Mas a verdade é que isto da bola, consegue dar a volta a muitas cabeças que vão ver um simples jogo de futebol. Uma das coisas que encontro nestes ambientes são a quantidade de reacções irracionais que invadem pessoas que supostamente são pessoas normais, e que de facto tornam-se anormais. Vejamos, na minha fila de bancada está um velho que sofre deste problema. No jogo de hoje passou algum tempo a dizer que o Preto é isto, é aquilo, e não passa a bola e não sabe jogar ... etc, mas depois logo a seguir já bate palmas ao Preto. Cum caraças, fiquei a olhar para ele a pensar que o velho deve sofrer de imensas frustrações. Entretanto houve uma jogada qualquer que o árbitro marcou fora de jogo. O velho vira-se e diz isto para dentro do campo "O gajo estava a metê-lo!!" (supostamente em jogo). Para já, nós não estamos muito longe do relvado, mas de qualquer maneira, como é possível alguém estar a gritar para dentro do relvado quando sabemos perfeitamente que ninguém nos liga, é incrivel o que passa na cabeças destes tipos. Entretanto um dos meus companheiros de bancada, não se conteve e saí-se com esta directamente para o velho. "O gajo estava a metê-lo!!, é um bocado gay, né??" ... aqui o velho ficou de tal maneira que perdeu o piu num instante, foi um momento hilariante que não pude deixar de me manifestar com uma ganda risada. Bom, entretanto durante o jogo foram saindo algumas pérolas excelentes sobre comentários e piadas ao nosso universo futebolístico. Podem não achar graça agora, mas lá que teve isso foi.

Sabem que detestamos o Tello (jogador chileno, mas mais parecido com o rato mickey), que foi passar esta semana à América do Sul, num evento em participava o Maradona. No meio do jogo alguém diz: "o Tello foi aprender com o Maradona como se vai à linha" . Explicando o Tello não é um portento de jogador, por isso não sabe o faz à bola, e uma das coisas que tem de fazer é ir cruzar a bola na linha de fundo, coisa que ele nunca fez, ... e linha, bem como o Maradona tem larga experiência nas linhas de coca, estavamos à espera de mais qualquer coisa.

Continuando com o Tello, ainda, sabiam que os infantis o adoram. Pois são do mesmo tamanho, e calçam o mesmo número. "Pá óh Tello, troca aí de chuteiras, com o meu 32"

Entretanto, estavamos a apostar quem iria substituir o infortunado J.Andrade na selecção. As apostas eram várias, mas houve um que teve a brilhante ideia de ser o Hugo ... mas para a selecção de Angola :).

No fim do um jogo nada de especial, terminou 2-0 e o Cocas bisou.

Entretanto os óscares já começaram. Gostaria imenso que alguns filmes e actores fossem distinguidos, e apesar de ainda não os ter visto todos, destaco o "Crash", o "Munique", o "Matchpoint", o "Corpse's Bride", a Charlize Theron, a Judi Dench, a Felicity Huffmann, ou a Keira Knightley, o G. Clooney, o Matt Dillon, o Phillipe Seymour Hoffman. Boa Sorte.

A primeira tentativa

À 6 meses planeava ir à Nova Zelândia ...


Talvez o caminho não tivesse sido o mais apropriado. Ou não!

Chegou a Primavera

Já há dois dias que o Sol aquece esta terra fria, inunda com os seus raios este ambiente invernoso, e difunde a luz entre sombrios dias tornando tudo mais alegre. A Primavera chegou? Ou foi só uma partida de Carnaval?
A vontade é apreciar este magnífico Sol, passear, divertir e esperar que a Primavera chegue em pleno. O Carnaval já foi, pois, e a Primavera? No calendário ela só chega a 21, mas será que virá mais cedo?
Aparece Primavera.